Na última sessão da Assembleia Municipal de Águeda, foi aprovado, por maioria, o pagamento final da Câmara Municipal à Junta de Freguesia de Travassô e Ois da Ribeira, referente às obras de requalificação da sede da autarquia e da unidade de saúde em Travassô. No entanto, a decisão não foi unânime, registando-se seis abstenções por parte do PS.
A intervenção da Câmara Municipal neste projeto deve-se ao facto de o edifício em questão ser propriedade da Junta de Freguesia. O Município assumiu, assim, a componente financeira da obra, um gesto que gerou alguma controvérsia durante a discussão na Assembleia Municipal.
José Vidal, representante do PS, expressou preocupação em relação ao aumento de 50% no custo da obra em comparação com o valor inicial. No entanto, tanto o presidente da Junta, Sérgio Neves, como o presidente da Câmara, Jorge Almeida, negaram categoricamente tal incremento, sublinhando que todas as despesas transferidas estavam estritamente relacionadas com a obra e foram sujeitas a uma dupla verificação.
O partido CDS/PP anunciou desde o início da discussão que votaria favoravelmente, destacando que o processo cumpre “as disposições legalmente aplicáveis”. Esta posição reforça a importância de respeitar os trâmites legais no que diz respeito a obras e pagamentos, independentemente das divergências partidárias.
A aprovação do pagamento final destaca a conclusão bem-sucedida deste projeto de requalificação, mas a controvérsia em torno dos custos e da sua gestão permanece como um ponto de discussão na esfera política local.