A tempestade Eowyn, já considerada a pior do século na Irlanda, chega hoje, 24 de janeiro, a Portugal, trazendo consigo efeitos colaterais como chuva, vento forte e agitação marítima. Embora o impacto por cá deva ser reduzido, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou quatro distritos do Litoral Norte em alerta amarelo devido à previsão de condições meteorológicas adversas.
O fenómeno, que continuará a influenciar o tempo até sábado, afetará particularmente o litoral norte e centro, enquanto o restante do país deverá enfrentar chuva ao longo do fim de semana. As temperaturas, contudo, manter-se-ão amenas para esta altura do ano, com máximas próximas dos 20ºC em algumas regiões e mínimas acima dos 10ºC na maioria do território, à exceção da Guarda.
Impacto devastador na Irlanda
Na Irlanda, a tempestade já causou estragos significativos, com rajadas de vento superiores a 180 km/h, deixando 715 mil casas e empresas sem eletricidade. A gravidade da situação levou ao encerramento de escolas, faculdades e supermercados, bem como ao cancelamento da maioria das consultas hospitalares. Além disso, os transportes públicos, incluindo autocarros e comboios, foram suspensos, e dezenas de voos foram cancelados.
A Translink, operadora de transportes na Irlanda, interrompeu os serviços, enquanto o Met Office alertou para o “perigo de vida”, recomendando à população que permaneça em casa.
Cancelamentos em Portugal
Por cá, a tempestade Eowyn também afetou a aviação, com a ANA-Aeroportos de Portugal a reportar o cancelamento de pelo menos quatro voos entre Dublin e Lisboa, além de três voos no sentido inverso. Um voo com destino a Londres também foi cancelado.
Espanha em alerta
Espanha deverá igualmente enfrentar os efeitos da tempestade, com uma frente atlântica associada a Eowyn a atingir o oeste da Galiza, prevendo-se chuva intensa e ventos com rajadas muito fortes noutras regiões do país.
Apesar de o impacto em Portugal ser menor, o IPMA e as autoridades apelam à cautela, especialmente nas zonas costeiras afetadas pela agitação marítima, reforçando a necessidade de evitar deslocações desnecessárias.
