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Crise na ANATA: suspeitas de desvio de fundos e desaparecimento de espólio sob investigação

A crise que abalou a ANATA – Associação dos Naturais e Amigos de Águeda continua a aprofundar-se, com novas suspeitas de irregularidades financeiras e desaparecimento de bens históricos a virem a público. Depois da demissão em bloco de grande parte da direção, incluindo o vice-presidente, a secretária, a tesoureira e cinco vogais, as alegações de um possível esquema de desvio de fundos ganharam ainda mais força.

De acordo com informações apuradas pelo Notícias de Águeda, uma das principais suspeitas recai sobre a utilização indevida de um cartão associado a uma conta titulada pela ANATA junto da Caixa Agrícola. Este cartão terá sido alegadamente usado para pagamentos pessoais, levantando sérias dúvidas sobre a gestão dos recursos financeiros da associação.

Além disso, há indícios de que valores pagos por sócios a título de quotas não terão sido declarados nem entregues à associação, o que pode configurar um esquema de apropriação indevida de dinheiro. A falta de transparência nas contas da instituição levou a um clima de grande desconfiança entre os associados e a comunidade local, que exigem explicações urgentes.

Inventário do espólio e possível venda indevida de bens

Outra preocupação que tem gerado inquietação prende-se com o património da ANATA. A associação detém um valioso espólio que inclui livros, moedas e outros bens históricos, cuja integridade poderá estar comprometida. Fortes suspeitas indicam que parte desse acervo pode ter sido vendido sem registo ou autorização da assembleia-geral, levantando a necessidade urgente de um inventário rigoroso para apurar eventuais desaparecimentos.

A direção da ANATA já veio a público tentar conter os danos, garantindo que não está a realizar qualquer campanha de angariação de fundos, donativos ou recolha de bens. Em comunicado oficial, a instituição alertou ainda para possíveis tentativas de fraude que utilizem o nome da associação, aconselhando a população a agir com precaução.

Assembleia Geral de emergência marcada para 17 de fevereiro

Face à gravidade da situação e ao vazio diretivo criado pela demissão de grande parte dos membros da direção, foi convocada uma Assembleia Geral para o próximo dia 17 de fevereiro de 2025. A reunião terá primeira convocatória às 18h45 e segunda às 19h15, caso não haja quórum na primeira chamada.

Na ordem de trabalhos, destaca-se a votação do relatório de contas de 2024, um ponto que poderá esclarecer parte das suspeitas em torno da gestão financeira, bem como a marcação de eleições para a escolha de uma nova direção que possa restaurar a credibilidade da instituição.

O presidente da Assembleia Geral, Gonçalo Davim, procurou tranquilizar os associados, assegurando que qualquer comunicação oficial da ANATA será feita apenas através dos seus canais institucionais. No entanto, o silêncio do presidente da direção, Eduardo Girão, que não tem respondido a contactos nem prestado esclarecimentos, tem alimentado ainda mais especulações sobre o caso.

O Notícias de Águeda tentou, ao longo do dia de ontem e novamente hoje, obter uma reação de Eduardo Girão, mas sem sucesso. As nossas chamadas não foram atendidas, e o telefone do presidente da ANATA permaneceu desligado. Continuaremos a acompanhar este caso e a procurar esclarecimentos junto das partes envolvidas.

O futuro da ANATA está agora em jogo, e os próximos dias serão decisivos para determinar a sobrevivência da instituição e a reposição da sua transparência e credibilidade.

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