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Aberto novo procedimento de classificação da Ponte Velha do Vouga

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) determinou a abertura de um procedimento de classificação de âmbito nacional para a Ponte Velha do Vouga, situada no concelho de Águeda, atravessando o rio Vouga entre a freguesia de Macinhata do Vouga e a União das Freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga. A decisão, assinada pelo Presidente do Conselho Diretivo do Património Cultural, I.P., João Soalheiro, foi publicada esta terça-feira em Diário da República, na sequência de uma proposta elaborada pelo Departamento dos Bens Culturais.

A classificação em curso não se limita à ponte, mas abrange também a sua zona geral de proteção, correspondente a uma faixa de 50 metros contados a partir dos limites externos do monumento. Durante este processo, os interessados poderão apresentar reclamações ou interpor recurso hierárquico quanto à decisão.

Uma ponte com história sécular

A Ponte Velha do Vouga tem origem medieval e estima-se que tenha sido erguida no século XIII. Ao longo dos séculos, sofreu diversas transformações, sendo alvo de grandes obras de requalificação durante os reinados de D. João V e D. Maria I. Originalmente, contava com cerca de 12 arcos e media aproximadamente 160 metros de extensão, mas as intervenções posteriores aumentaram a sua estrutura, atingindo 16 arcos e aproximadamente 225 metros.

Construída em pedra, a ponte era uma infraestrutura essencial para as ligações viárias da região durante a Idade Média, através da antiga via que ligava Coimbra ao Porto.

Ruína e debate sobre requalificação

Em novembro de 2011, a Ponte Velha do Vouga sofreu um colapso parcial, resultando na perda do pilar e dos arcos centrais, que não foram reconstruídos. Na época, a Câmara Municipal de Águeda ponderou a demolição total da estrutura, face aos elevados custos que um restauro poderia implicar. Contudo, o património histórico e arquitetónico da ponte tem sido motivo de preocupação e reivindicação por parte da população e de especialistas na área.

Em 2022, um pedido de classificação foi rejeitado pela DGPC, que justificou a decisão alegando a necessidade de um projeto estruturado de requalificação antes da atribuição de qualquer estatuto de proteção patrimonial. Agora, com a abertura deste novo procedimento de classificação, a ponte ganha uma nova esperança para ser preservada e valorizada.

A classificação da Ponte Velha do Vouga como património nacional poderá garantir a sua salvaguarda e possibilitar futuras intervenções de reabilitação, reforçando o compromisso do Estado com a preservação do património histórico português.

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