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Águeda celebra os 51 anos do 25 de Abril com homenagem emotiva à Democracia, à Liberdade e ao Papa Francisco

As comemorações dos 51 anos da Revolução dos Cravos, em Águeda, decorreram na tarde do dia 25 de Abril, no Centro de Artes de Águeda. Em respeito pelos três dias de Luto Nacional decretados após a morte do Papa Francisco, foi decidido suspender o tradicional Desfile da Liberdade e da Democracia. Mantiveram-se, contudo, momentos simbólicos de grande significado.

No espaço exterior do Centro de Artes, duas aeronaves do AeroClube de Águeda sobrevoaram a cidade, e houve uma largada de pombos, dinamizada pela Sociedade Columbófila Fermentelense e pela Sociedade Columbófila da Pateira, simbolizando a paz e a liberdade. Seguiu-se uma fotografia de grupo junto à inscrição “Aqui é Portugal”, evocando o espírito de unidade que Abril trouxe a todo o país.

A sessão solene teve início com um voto de pesar e um minuto de silêncio em memória do Papa Francisco, cuja mensagem de diálogo, inclusão e serviço ao próximo foi várias vezes invocada ao longo da tarde.

Discursos políticos marcaram a sessão solene

O presidente da Assembleia Municipal de Águeda, Filipe Almeida, abriu a sessão solene com uma intervenção marcada pela solenidade e pela importância do momento. Na sua comunicação, destacou o 25 de Abril como um dos acontecimentos mais decisivos da história contemporânea de Portugal, sublinhando que a revolução não apenas devolveu a liberdade ao povo português, mas também abriu caminho a uma profunda transformação social, política e económica.

Filipe Almeida recordou que antes da Revolução dos Cravos o país vivia sob uma ditadura, sem liberdade de expressão, sem direito à escolha democrática dos seus representantes e com fortes restrições aos direitos humanos. Enfatizou que Abril devolveu ao povo o poder de decidir o seu destino, devolveu a dignidade ao cidadão comum e abriu portas a uma sociedade baseada na justiça, na igualdade e no respeito pelos direitos fundamentais.

O presidente da Assembleia Municipal salientou ainda que os ideais de Abril continuam vivos e que cabe a cada geração a responsabilidade de os preservar e reforçar. Sublinhou que a liberdade não é apenas um valor conquistado, mas um bem que precisa de ser permanentemente defendido e aprofundado, alertando para a necessidade de vigilância cívica perante as ameaças que possam pôr em causa a democracia.

Concluiu a sua intervenção apelando à participação ativa de todos os cidadãos na vida democrática, reforçando a importância das autarquias como expressão genuína do poder do povo e como espaços privilegiados para a concretização dos ideais de liberdade e progresso social que nasceram com o 25 de Abril.

Em seguida, Pedro Vidal, em representação do CDS-PP, tomou a palavra para destacar a relevância fundamental da política autárquica no fortalecimento da democracia. Sublinhou que as autarquias representam a face mais próxima do poder junto dos cidadãos, funcionando como verdadeiro elo de ligação entre as necessidades reais da população e as decisões políticas.

Pedro Vidal frisou que a política local, nascida com nova vitalidade após o 25 de Abril, é um dos pilares mais sólidos do regime democrático, permitindo uma governação mais participada, descentralizada e focada nas pessoas. Defendeu que é através da ação autárquica que se concretizam muitas das aspirações populares, desde a melhoria dos serviços básicos até à promoção da qualidade de vida nas comunidades locais.

O representante do CDS-PP alertou ainda para a necessidade de reforçar permanentemente a proximidade entre eleitos e eleitores, considerando essencial que os responsáveis políticos estejam atentos às expectativas e preocupações da população. Encerrou a sua intervenção defendendo uma política de proximidade, transparente e de serviço público genuíno, como forma de honrar os valores de Abril e de fortalecer a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas.

José Vidal, em representação do Partido Socialista, centrou a sua intervenção no impacto profundo que a Revolução de Abril teve na transformação económica e social do país. Sublinhou que o 25 de Abril abriu caminho a uma nova era de direitos e liberdades, onde a justiça social, a igualdade de oportunidades e a dignidade humana passaram a ser pilares estruturantes da sociedade portuguesa.

Destacou a importância de continuar a promover políticas públicas que consolidem essas conquistas, garantindo que o crescimento económico se traduza efetivamente em benefícios para todos os cidadãos, e não apenas para alguns. José Vidal referiu que a Revolução não se fez apenas para conquistar liberdades políticas, mas também para assegurar direitos sociais fundamentais, como o acesso à saúde, à educação, ao trabalho digno e à habitação.

O representante socialista defendeu que a consolidação da democracia exige um combate contínuo às desigualdades sociais e económicas, bem como um forte investimento na coesão social. Encerrou a sua intervenção apelando a uma ação política responsável e solidária, que tenha sempre como objetivo central a promoção do bem-estar e da justiça para toda a comunidade, mantendo vivo o espírito de Abril.

Humberto Moreira, representante do Movimento Juntos por Águeda (PSD/MPT), centrou a sua intervenção na valorização do trabalho realizado no concelho ao longo dos últimos anos, salientando o empenho coletivo que tem permitido a Águeda afirmar-se como um território dinâmico, moderno e em constante progresso.

Destacou que os resultados alcançados não são fruto do acaso, mas sim do esforço conjunto de sucessivas equipas autárquicas, técnicos, associações e cidadãos, que, com espírito de missão e dedicação, têm contribuído para o crescimento e qualificação do concelho. Sublinhou que Águeda é hoje reconhecida, tanto a nível nacional como internacional, pelas boas práticas em áreas como o ambiente, a sustentabilidade, a inovação e a qualidade de vida.

Humberto Moreira defendeu que a continuidade deste percurso de desenvolvimento exige responsabilidade, visão estratégica e uma aposta clara na proximidade com as populações, reforçando o compromisso de fazer de Águeda um concelho cada vez mais atrativo para viver, trabalhar e investir. Terminou a sua intervenção apelando à união de esforços em torno de objetivos comuns, em respeito pelo espírito de Abril e pela construção de um futuro ainda mais promissor.

A cerimónia encerrou com a intervenção do presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, que fez uma intervenção profundamente sentida, evocando o legado do Papa Francisco e ligando-o aos ideais de Abril.

Jorge Almeida: Águeda no presente e no futuro

O presidente destacou que a inquietação em procurar um mundo melhor — conceito frequentemente referido pelo Papa Francisco — é também o motor que impulsiona a ação autárquica em Águeda. Sublinhou que a liberdade e a democracia são valores a cuidar todos os dias, “com diálogo, justiça e respeito mútuo”.

Ao longo do seu discurso, Jorge Almeida fez um balanço das conquistas de Águeda nos últimos anos, lembrando que o concelho tem sido reconhecido nacional e internacionalmente em diversas áreas:

  • Águeda foi distinguida três vezes nos Prémios LivCom como uma das melhores cidades do mundo para viver;
  • Venceu o Green Leaf Award como Capital Verde Europeia 2026 para cidades até 100 mil habitantes;
  • Tem o melhor índice de transparência municipal do distrito de Aveiro e o terceiro melhor a nível nacional;
  • Integra o top 3 nacional das melhores práticas de sustentabilidade no programa ECOXXI;
  • É o 8.º município do país com mais verbas comprometidas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O autarca destacou também investimentos estruturantes, como:

  • A ampliação do Parque Empresarial do Casarão e a sua ligação ao IC2;
  • O lançamento iminente do concurso para a construção do Eixo Rodoviário Águeda-Aveiro;
  • A ampliação e requalificação do Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga, para criação de um centro museológico nacional da via estreita;
  • A aposta forte em políticas de habitação jovem e mobilidade urbana sustentável;
  • A requalificação ambiental, incluindo o desassoreamento da Pateira no âmbito do projeto Ria Viva.

Sem esquecer a área cultural e desportiva, Jorge Almeida referiu o sucesso do AgitÁgueda, a realização de grandes eventos como o Mundial de Motocross, o Rally de Portugal, e as passagens da Volta a Portugal em Bicicleta.

O presidente terminou com uma mensagem inspiradora, citando novamente o Papa Francisco: “Não sejais administradores de medos, mas empreendedores de sonhos”, desafiando todos os aguedenses a continuarem a construir uma terra de que se orgulham.

A juventude e os seniores também participaram

A cerimónia incluiu ainda testemunhos sentidos de seniores do Jardim Social de Travassô e de alunos da Escola Básica Fernando Caldeira, que partilharam a sua visão sobre o 25 de Abril, reforçando a ligação entre gerações e a atualidade dos valores conquistados há 51 anos.

Águeda celebrou Abril com emoção, reflexão e esperança, reafirmando o seu compromisso inabalável com a liberdade, a democracia e o futuro.

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