O Banco Alimentar Contra a Fome arrancou hoje com mais uma grande campanha nacional de recolha de alimentos, envolvendo mais de 40 mil voluntários e abrangendo mais de dois mil supermercados em todo o país. A iniciativa prolonga-se até domingo, com o objetivo de apoiar as famílias que enfrentam maiores dificuldades económicas.
Sob o lema “A sua ajuda tem um nome: o nome de quem a vai receber”, a campanha apela à solidariedade dos portugueses numa altura em que, segundo a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, a “taxa de pobreza em Portugal continua muito elevada”. A responsável alertou ainda para o agravamento das condições de vida de muitos trabalhadores que, apesar de terem emprego, não conseguem fazer face às despesas básicas, especialmente devido aos custos elevados da habitação.
Durante o fim de semana, os voluntários vão distribuir nas lojas os habituais sacos do Banco Alimentar, incentivando a entrega de bens alimentares não perecíveis, como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha e massas. Todos os produtos recolhidos serão encaminhados para os armazéns regionais da instituição, onde serão organizados e posteriormente distribuídos por 2.300 organizações sociais parceiras, que asseguram a sua chegada a mais de 360 mil pessoas com carências alimentares comprovadas.
Além da recolha física, a campanha disponibiliza ainda a modalidade “Ajuda Vale”, que permite contribuir através de vales de produtos disponíveis nas caixas dos supermercados até ao dia 8 de junho.
Em 2024, os 21 Bancos Alimentares em atividade no país entregaram mais de 27.800 toneladas de alimentos, o equivalente a cerca de 100 toneladas por dia útil, números que evidenciam a importância desta rede de apoio para milhares de famílias portuguesas.
A campanha deste fim de semana é, assim, mais do que um apelo à solidariedade: é um retrato da urgência social que continua a marcar o país.
