A Associação de Ucranianos em Portugal, núcleo de Águeda, organizou este sábado uma iniciativa para assinalar o terceiro aniversário do início da invasão em larga escala da Rússia à Ucrânia. O evento integrou-se numa ação global de solidariedade promovida pela diáspora ucraniana em diversas cidades do país e do mundo.
A sessão teve início com uma marcha lenta pela Avenida Dr. Eugénio Ribeiro, que terminou na Praça do Município, onde se realizaram discursos de líderes comunitários e representantes locais. Posteriormente, os participantes seguiram para o Café-Concerto do Centro de Artes de Águeda, onde assistiram a um documentário que retrata as primeiras 24 horas do conflito, relembrando os momentos de incerteza e resistência vividos pelo povo ucraniano.
A presidente do núcleo de Águeda da Associação de Ucranianos em Portugal, Nadiya Umanska, destacou a importância de manter viva a memória dos acontecimentos e reforçar a solidariedade internacional. “Não é apenas uma guerra contra a Ucrânia, mas um ataque aos valores democráticos e à liberdade dos povos. Precisamos de continuar a sensibilizar o mundo para a necessidade de apoio contínuo ao nosso país”, afirmou.
A iniciativa em Águeda foi uma das várias organizadas pela associação em Portugal, com ações semelhantes em Lisboa, Porto, Coimbra, Faro, Albufeira, Santarém, Viseu e Funchal (Madeira). Em todas estas localidades, as comunidades ucranianas reuniram-se para exigir o fim da guerra e reforçar o apelo à paz e à justiça.
Além do impacto emocional e político, os eventos tiveram ainda um caráter humanitário, com a recolha de donativos para apoiar famílias deslocadas e militares ucranianos em serviço. “Cada gesto de apoio conta, e estamos gratos ao povo português pela solidariedade demonstrada ao longo destes três anos”, referiu Umanska.










































A guerra na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, já provocou milhares de vítimas e milhões de deslocados, sendo considerada a maior crise humanitária na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Apesar dos esforços diplomáticos, o conflito permanece sem solução à vista, tornando as manifestações de apoio essenciais para manter a causa ucraniana na agenda internacional.