- publicidade -
- publicidade -

Do abismo à glória: A Luta Pela Sobrevivência na Divisão de Honra

A temporada 2024/2025 da CPVV Lanidor no Campeonato da Divisão de Honra Feminina de Andebol foi marcada por uma série de desafios que colocaram a equipa à beira do abismo. Com o fim da fase regular, composta por 18 jogos, a equipa terminou na 9ª posição com 29 pontos. Esse desempenho – que se traduziu em 4 vitórias, 4 empates e 10 derrotas – refletiu uma campanha aquém das expectativas, deixando o clube com um futuro incerto.

Com 447 golos marcados ao longo da primeira fase, a CPVV Lanidor manteve uma média de 24,8 golos por jogo, o que, embora não seja catastrófico, também não garante uma posição competitiva, especialmente diante do elevado nível das equipas da parte superior da tabela. Apesar de ter demonstrado algum potencial ofensivo, a equipa careceu de consistência e eficiência para conquistar pontos em jogos decisivos. A ausência de um finalizador constante e a dificuldade em manter a pressão ofensiva durante toda a partida prejudicaram o rendimento.

A defesa foi, sem dúvida, o calcanhar de Aquiles da CPVV Lanidor. Em 18 jogos, a equipa sofreu 479 golos – uma média alarmante de 26,6 golos por jogo. Essa fragilidade defensiva foi determinante para as 10 derrotas acumuladas, demonstrando que a equipa não conseguiu controlar o ritmo do jogo, sobretudo contra adversários mais fortes. A falta de coordenação e a dificuldade em realizar transições defensivas rápidas deixaram a equipa vulnerável a ataques desorganizados.

Mesmo apresentando alguns bons momentos, a CPVV Lanidor não conseguiu demonstrar a regularidade necessária. Em várias partidas, o controlo do jogo escapou pelas mãos da equipa, o que evidencia a sua incapacidade de finalizar as partidas de forma decisiva – fato refletido nos 4 empates conquistados. Nos jogos contra adversários diretos pela manutenção, as dificuldades em somar pontos prejudicaram ainda mais a classificação.

Além disso, a ausência de um plantel mais profundo foi um fator importante. O clube enfrentou problemas como lesões e escassez de opções em momentos críticos, resultando em cansaço e falta de frescura nas fases decisivas. A Divisão de Honra Feminina é uma competição de altíssimo nível, e a CPVV Lanidor teve de enfrentar equipas como o CS Madeira e os Maiastars, que dominaram a tabela, com 44 e 43 pontos, respectivamente. Essas equipas dispõem de plantéis mais amplos e recursos superiores, dificultando a competição em igualdade de condições.

O desempenho de uma equipa não depende apenas das jogadoras, mas também da capacidade da equipa técnica em criar estratégias eficazes e adaptar o jogo às diferentes circunstâncias. No caso da CPVV Lanidor, a equipa técnica enfrentou inúmeros desafios nesta temporada. Uma das principais críticas foi a falta de adaptação tática em confrontos contra equipas de maior nível, como o CS Madeira e os Maiastars. A incapacidade de ajustar a abordagem defensiva e ofensiva conforme a evolução do jogo pode ter comprometido os resultados. A defesa mostrou-se vulnerável em diversas situações, e não foram encontradas soluções rápidas e eficazes para corrigir essas falhas durante as partidas.

Outro aspecto a ser analisado foi a gestão do plantel. A CPVV Lanidor teve várias jogadoras-chave ausentes devido a lesões e à falta de opções de qualidade no banco, o que afetou a rotação da equipa. Ao não conseguir equilibrar os minutos de jogo entre todas as atletas, a equipa técnica pode ter contribuído para o desgaste físico e psicológico de algumas jogadoras, impactando diretamente os resultados.

A motivação também representou um desafio, sobretudo nos momentos mais difíceis da temporada. Manter a confiança das jogadoras é essencial em uma competição tão exigente, e o trabalho psicológico e motivacional dos treinadores foi crucial para a superação dos obstáculos. Contudo, a equipa não conseguiu sustentar um nível elevado de motivação nas fases mais complicadas, evidenciando possíveis falhas na liderança técnica.

No que diz respeito à estratégia de jogo, a equipa técnica teve dificuldades em se adaptar a adversários que alteravam suas táticas durante as partidas. Em algumas situações, as substituições e ajustes táticos não se mostraram eficazes, resultando em falhas nas transições entre ataque e defesa e no controle dos jogos. A ausência de um plano B consistente, especialmente contra equipas mais fortes e agressivas, foi outro ponto negativo para a CPVV Lanidor.

O trabalho técnico também deve ser analisado sob a ótica do desenvolvimento individual das jogadoras. Embora algumas tenham apresentado bom desempenho ofensivo, o aprimoramento técnico individual – especialmente na defesa – parece ter sido insuficiente. Um foco maior em ajustes específicos poderia ter melhorado a performance defensiva e garantido maior solidez no sistema coletivo.

Apesar de uma fase inicial difícil, a CPVV Lanidor ainda tem oportunidades para ajustar o rumo e melhorar seu desempenho nesta fase final. Para a próxima temporada, a prioridade deve ser o aprimoramento da defesa, trabalhando na organização, na marcação individual e nas transições entre defesa e ataque. A equipa precisa ser mais sólida, especialmente contra contra-ataques rápidos e agressivos, e aprimorar a leitura de jogo.

Embora o ataque tenha apresentado momentos positivos, é necessário melhorar a capacidade de concretização. É imprescindível ampliar as opções ofensivas e intensificar o trabalho em equipa para explorar as fragilidades defensivas dos adversários. O reforço do plantel com jogadoras mais experientes será essencial, pois atletas de maior qualidade e experiência trarão a estabilidade e a liderança que faltaram à equipa. A integração de jovens talentos também deve ser prioridade, desde que acompanhada por veteranas para assegurar uma transição mais equilibrada.

Ademais, é crucial melhorar a adaptação da equipa a diferentes estilos de jogo, aprendendo a reagir de forma mais eficaz contra adversários mais fortes. O trabalho psicológico com as jogadoras pode ainda aumentar a confiança e a motivação, elementos-chave para evitar quedas de rendimento nos momentos decisivos.

Fortalecer a infraestrutura do clube, buscar mais patrocínios e estabelecer parcerias com outras instituições poderá proporcionar melhores condições para a equipa. Investir em análises detalhadas de desempenho e em treinos de qualidade poderá fazer a diferença nos jogos mais equilibrados.

Photo taken in Vilnius, Lithuania

Conclusão
A CPVV Lanidor enfrentou uma temporada desafiadora na Divisão de Honra Feminina de Andebol 2024/2025, mas, com os ajustes certos e uma abordagem focada na melhoria contínua, a equipa tem a oportunidade de se renovar. A melhoria da defesa, o reforço do plantel e o trabalho psicológico com as jogadoras são fundamentais para que a equipa recupere seu nível competitivo e garanta a manutenção na Divisão de Honra. Com uma estratégia bem definida e ajustes na atuação técnica, a CPVV Lanidor poderá superar o abismo e voltar a lutar por uma posição que assegure sua permanência e lhe conceda uma postura mais competitiva na próxima temporada.

Partilhar

Radio
Play
ON AIR
100.5 FM
Clique para ouvir
Agueda Municipality
nublado
18.4 ° C
18.4 °
18.4 °
73 %
1.8kmh
87 %
Seg
17 °
Ter
16 °
Qua
16 °
Qui
11 °
Sex
14 °
- publicidade -