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Homem de Águeda Julgado por Homicídio Qualificado em Aveiro Nega Ter Misturado Ácido Sulfúrico em Vinho

O Tribunal de Aveiro deu hoje início ao julgamento de um homem acusado de homicídio qualificado e omissão de auxílio, por alegadamente ter misturado ácido sulfúrico em vinho branco e induzido a companheira a ingeri-lo. No banco dos réus, o arguido negou todas as acusações, afirmando que a vítima terá consumido voluntariamente o produto químico.

“Isso é tudo mentira”, declarou o acusado, rejeitando a tese do Ministério Público (MP) que o responsabiliza por adulterar uma garrafa de vinho branco, guardada no frigorífico, com “água das baterias”, expressão usada para referir o ácido sulfúrico.

O caso remonta a 27 de maio de 2022, na residência do casal em Águeda. Segundo o MP, o arguido e a vítima tinham um histórico de conflitos e episódios de violência doméstica. No dia dos factos, após uma discussão sobre a mudança da sede da empresa para um imóvel herdado pela vítima, o homem terá despejado ácido sulfúrico na garrafa de vinho, sabendo da dependência alcoólica da companheira.

Ainda de acordo com a acusação, antes do incidente, o arguido terá confidenciado a um funcionário: “Ela já não bebe desde ontem, quando beber esta, até estala”. Ao final da tarde, a mulher ingeriu a bebida adulterada, sofrendo graves queimaduras internas que acabaram por lhe ser fatais.

No seu depoimento, o arguido apresentou uma versão diferente, afirmando que encontrou a companheira em posição fetal, queixando-se de dores abdominais. Alegou ainda que ela própria lhe terá dito, entre lágrimas, que bebeu “água das baterias”.

Perante o coletivo de juízes e um tribunal de júri composto por quatro jurados, o arguido assegurou que tentou prestar assistência à vítima, tendo chamado o INEM apenas quando esta perdeu os sentidos.

A mulher foi transportada para o Hospital de Águeda, onde acabou por falecer. O Ministério Público considera que, ao colocar ácido sulfúrico na garrafa de vinho, o arguido “colocou a arma do crime nas mãos da vítima”, sabendo que a sua dependência alcoólica a levaria a ingerir o líquido mortal.

O julgamento prossegue nos próximos dias com a audição de testemunhas e a apresentação de provas periciais.

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