A ministra da coesão territorial Ana Abrunhosa informou os presidentes dos municípios da CIRA – Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro – em reunião realizada na segunda metade de outubro que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai financiar integralmente a construção da via rápida Aveiro-Águeda, apesar do aumento nos custos. Essa informação foi dada aos presidentes de câmara da CIRA como parte da revisão dos valores a serem transferidos pelo Estado para obras incluídas no PRR. Os custos para a construção da via rápida Aveiro-Águeda aumentaram de 40 milhões de euros, conforme estimado inicialmente, para 130 milhões de euros.
A maior parte desse aumento de custos está relacionada a mudanças no projeto de construção da ponte que liga Travassô a Eirol, que passou a ser construída sobre a Varanda de Pilatos, na descida de Travassô para Almear. Inicialmente, o projeto previa uma única estrutura com quatro faixas de rodagem, mas agora haverá duas estruturas separadas – uma para cada sentido – com duas faixas de rodagem em cada estrutura. Essas mudanças envolveram a necessidade de ajustar a posição inicial dos pilares da ponte, considerando o curso de água na confluência do rio Águeda com o Vouga, bem como o peso da estrutura.
O processo de expropriação ainda não teve início, mas a obra será considerada de interesse público. Caso não haja acordo com os proprietários de terrenos, o valor será definido pelo Estado. De acordo com os prazos estabelecidos no PRR, a obra deve ser concluída até 2026, embora os procedimentos burocráticos em Portugal possam dificultar o cumprimento desse prazo. Há informações de que a possibilidade de estender o prazo para as obras do PRR, pelo menos até 2028, já foi discutida na Comissão Europeia, mas não está sendo considerada no momento.
No entanto, Aveiro e Águeda têm esperança de que o lançamento de um concurso público internacional possa atrair consórcios experientes para a construção da via rápida, superando assim as dificuldades de mão de obra para os investimentos a serem realizados.
Em relação ao acesso ao parque empresarial do Casarão (PEC) a partir do IC2, o valor a ser transferido do PRR foi revisado, passando de 6 milhões para 10 milhões de euros. O traçado da estrada já está definido, e a conclusão da estrada está prevista para os próximos dois anos.