A Câmara Municipal de Aveiro aprovou o orçamento mais elevado da sua história para o ano de 2025, atingindo um montante de 218,2 milhões de euros, num acréscimo de 48,2 milhões em relação ao orçamento de 2024. Este crescimento significativo reflete a aposta em projetos estruturantes, com grande parte dos investimentos a serem cofinanciados por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em conjunto com o programa europeu NextGeneration EU.
Entre os investimentos previstos, destaca-se o eixo de ligação entre Aveiro e Águeda, orçado em 36,5 milhões de euros, que será financiado por ambas as autarquias e complementado por fundos comunitários. Este projeto, considerado central para a região, visa melhorar as conexões rodoviárias entre os dois concelhos, potenciando o desenvolvimento económico e social, além de facilitar a mobilidade e os transportes. Para o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, esta obra não só explica a dimensão recorde do orçamento, mas também representa um marco no compromisso com o desenvolvimento regional e a cooperação intermunicipal.
Além do eixo rodoviário, o orçamento de 2025 reflete um foco claro na saúde e na inovação, com um investimento significativo na ampliação do Hospital de Aveiro e na criação do Centro Académico Clínico (CAC), em parceria com a Universidade de Aveiro. Este projeto, que inclui a construção de dois novos edifícios, contará com a cedência de terrenos municipais, sem qualquer contrapartida financeira, evidenciando o compromisso da autarquia em apoiar o fortalecimento da infraestrutura de saúde e investigação científica na região. Ribau Esteves destacou a importância destes projetos para reforçar os serviços hospitalares e as capacidades de investigação médica, posicionando Aveiro como um polo de inovação no setor da saúde.
A cultura também assume um papel de destaque no plano orçamental, com uma verba total de 17,4 milhões de euros destinada à requalificação de equipamentos culturais. Entre os projetos mais relevantes está a modernização do Museu Santa Joana, com um investimento de 4,2 milhões de euros, que visa melhorar as condições de exposição e atratividade do espaço. Outro projeto ambicioso é a adaptação da antiga biblioteca municipal para albergar o futuro Museu de Arte Cerâmica e Contemporânea, uma obra orçada em 3,9 milhões de euros. A criação do Museu da Terra, em Requeixo, com um custo de 1,9 milhões de euros, completa este conjunto de intervenções, sublinhando o compromisso da Câmara com a valorização do património cultural e a oferta educativa.
Paralelamente, a autarquia direcionará 18,4 milhões de euros para a construção de um novo pavilhão municipal, uma infraestrutura desportiva moderna que pretende responder à crescente procura por espaços de prática desportiva. Outro destaque é a requalificação do bairro da Beira-Mar, com um investimento de 8,4 milhões de euros, destinado a preservar e revitalizar esta área histórica, um dos símbolos da identidade cultural de Aveiro.
No campo fiscal, a Câmara optou por manter inalteradas as taxas municipais, incluindo o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que se mantém na taxa de 0,35%, reforçando a estabilidade fiscal para os munícipes. Esta decisão reflete a preocupação em garantir um equilíbrio entre a capacidade de investimento do município e a proteção das famílias e empresas.
Com um orçamento robusto e um conjunto de investimentos estratégicos, a Câmara Municipal de Aveiro demonstra o seu compromisso em preparar o concelho para o futuro, alicerçando o desenvolvimento em pilares como mobilidade, saúde, cultura e qualidade de vida. Ribau Esteves sublinhou a importância de aproveitar as oportunidades de financiamento europeu para concretizar projetos que promovam a competitividade, a inovação e a sustentabilidade, ao mesmo tempo que se garante o bem-estar dos cidadãos. Este orçamento não é apenas um reflexo da ambição da autarquia, mas também uma prova do seu foco em implementar uma visão integrada de crescimento e modernização para o concelho de Aveiro.