A situação no Hospital de Águeda está a atingir contornos dramáticos. Apenas 12 horas após ter reaberto, o serviço de urgências voltou a encerrar esta manhã às 8h, deixando a população desprotegida até às 8h de quinta-feira. Este cenário de caos nas urgências tem sido uma constante nas últimas semanas, com o serviço a permanecer encerrado mais tempo do que aberto. Só nos últimos 60 dias, as portas das urgências estiveram fechadas durante 48 horas consecutivas, provocando uma onda de indignação e medo entre os residentes.
A principal razão apontada para esta verdadeira crise é a falta de médicos, um problema que o aumento de pagamento aos tarefeiros, recentemente autorizado pelo Ministério da Saúde, ainda não conseguiu resolver. A estratégia para atrair mais profissionais, que deveria trazer alguma estabilidade, parece estar a falhar, deixando o hospital numa situação insustentável. As urgências chegaram a estar encerradas 13 vezes apenas no último mês, um número que assusta e revolta os habitantes de Águeda, que se sentem abandonados e desprotegidos em situações de emergência.
“Não podemos continuar assim, sem médicos, sem urgências. Estamos a ser ignorados!” protesta uma residente, visivelmente indignada. As soluções prometidas pelas autoridades locais e nacionais parecem ainda estar longe de surtir efeito, e o desespero entre a população aumenta.