De acordo com a informação meteorológica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 24 horas, precipitação forte e persistente, vento forte e agitação marítima, salientando-se precipitação forte e persistente, em especial no Norte e Centro; vento muito forte com rajadas até 85 km/h nas terras altas do Norte e Centro e agitação marítima forte, com ondas de 4 a 5 metros.
O que esperar nas próximas 24 horas?
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, nas próximas horas, eis o que pode esperar:
- Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
- A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
- Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
- Contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
- Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
Onde há risco de cheias?
Segundo a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), na bacia hidrográfica do Vouga é expectável um aumento das afluências à albufeira de Ribeiradio e a jusante desta barragem e aumento das afluências a Águeda. Já na bacia hidrográfica do Mondego poderá ocorrer um aumento das afluências a Coimbra, caso se verifiquem as previsões de precipitação.
Que cuidados a ter?
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda, em comunicado, que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, “sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações”, nomeadamente:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.