O jogo Sub-17 entre o Recreio Desportivo de Águeda e o SC Espinho, disputado este domingo, terminou envolto em caos e polémica, com incidentes que ultrapassaram o futebol e colocaram em causa os princípios do desporto jovem.
A partida, que terminou empatada 2-2, descambou após o apito final. Segundo vários relatos, tudo começou com insultos dirigidos pelo delegado do SC Espinho a um jovem jogador do RD Águeda – um dirigente que, recorde-se, cumpriu recentemente 10 dias de suspensão precisamente por comportamentos semelhantes. O jogador respondeu, e a troca de palavras deu lugar a um confronto físico, envolvendo elementos de ambos os clubes.
No auge da confusão, o jogador do RD Águeda terá agredido o delegado espinhense. A situação rapidamente saiu do controlo, obrigando à intervenção de vários presentes para evitar consequências mais graves.
Árbitro envolto em dúvida: agressão ou acidente?
Um vídeo que circula nas redes sociais sugeria que o árbitro também teria sido agredido. No entanto, testemunhas garantem que o juiz apenas caiu acidentalmente ao ser tropeçado durante o tumulto. Neste momento, ainda se aguarda o relatório oficial do árbitro, que será decisivo para esclarecer se houve ou não qualquer agressão à equipa de arbitragem. A possibilidade de referência a esse ponto poderá alterar o enquadramento disciplinar do caso.
Processo disciplinar iminente
O episódio deverá seguir para o Conselho de Disciplina, podendo implicar sanções para os intervenientes. No entanto, ganha relevância o comportamento do delegado do SC Espinho, cuja reincidência em provocações e insultos levanta sérias questões sobre a responsabilidade dos adultos no contexto do futebol de formação.
Por se tratar de menores, os intervenientes não serão identificados na comunicação social. Mas este caso abre uma reflexão urgente: quem está a educar e proteger os jovens dentro das quatro linhas?
Num jogo sem vencedor em campo, foi o desportivismo que saiu claramente derrotado.

