O Município de Águeda procedeu, durante a manhã desta terça-feira, à remoção de uma árvore seca — uma olaia — situada no centro da cidade, na zona da Venda Nova.
Trata-se de uma árvore antiga, profundamente enraizada na memória coletiva dos aguedenses, que ao longo das décadas se tornou um marco visual e afetivo da cidade. A decisão surge devido ao avançado estado de degradação da árvore, que, com a chegada do inverno, representava um risco real de queda.
A intervenção, além de necessária por razões de segurança pública, marca também o início de um gesto simbólico de preservação da memória deste elemento natural. A olaia foi cuidadosamente cortada e transportada para um gabinete de escultura, onde será criada uma peça artística inspirada na forma original da árvore.


Esta escultura será posteriormente instalada no mesmo local, perpetuando a presença e a história da olaia sob a forma de arte pública duradoura.
Mais do que uma substituição, o Município de Águeda sublinha que esta iniciativa representa um ato de valorização do património e da identidade aguedense. O espaço onde se encontrava a árvore — o antigo largo da Capela de São Sebastião — tem um profundo significado histórico: ali existia uma fonte pública que servia os moleiros que vinham moer o grão e dar de beber aos burros.
Era um lugar de encontro, de vida e de memória, que agora será mantido vivo através desta homenagem artística à antiga olaia da Venda Nova.

