Sexta-feira, Dezembro 27, 2024

Órbita renasce: Lightmobie traz bicicletas de Águeda de volta ao mercado

A histórica marca de bicicletas Órbita, com raízes em Águeda, está de volta ao mercado após a aquisição da sua massa falida pela empresa Lightmobie. Declarada insolvente em 2020, a Órbita, que já foi um ícone da mobilidade suave em Portugal, renasce agora com o objetivo de se adaptar às exigências atuais do setor.

A Lightmobie, que adquiriu 100% da massa falida da Órbita e cerca de 80% da massa falida da Miralago (empresa mãe da marca), compromete-se a preservar o valor e a herança que a Órbita representa para a indústria nacional. Em comunicado, a empresa destacou que a “estima e o valor da marca Órbita no legado e identidade nacionais são demasiado elevados para se perderem na história”.

José Augusto Mota, proprietário da Lightmobie, vê este projeto como um marco na sua vida. Tendo iniciado a sua carreira profissional na Miralago, o empresário afirmou que o renascimento da Órbita foi impulsionado pelo desejo de revitalizar uma marca com significado profundo para Águeda e para o setor da mobilidade em Portugal.

A aquisição, concretizada com a escritura assinada no início de 2024, deu início às obras de recuperação das instalações, atualmente na fase de acabamentos. A produção das bicicletas Órbita já começou em pequena escala, com modelos disponíveis para venda online e através de distribuidores em Portugal e Espanha. A empresa prevê iniciar operações em maior escala entre fevereiro e março de 2025.

Atualmente, a Lightmobie emprega cerca de 35 pessoas, mas José Augusto Mota espera ultrapassar os 120 colaboradores no próximo ano, acompanhando o crescimento previsto da produção.

O declínio financeiro da Órbita começou em 2019, quando a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) rescindiu o contrato com a fabricante devido a dificuldades no cumprimento do serviço. Este foi um golpe significativo, com a empresa a acumular uma dívida de 14,2 milhões de euros, repartida entre credores como a EMEL (6,8 milhões de euros) e instituições bancárias, incluindo o Santander e o BNI Europa.

Após falhar na apresentação de um plano no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER), a Órbita foi declarada insolvente, encerrando uma trajetória de quase meio século sob a gestão da família Ferreira.

Agora, sob a liderança da Lightmobie, a Órbita prepara-se para enfrentar novos desafios no mercado da mobilidade suave. Com foco em bicicletas elétricas e convencionais adaptadas às necessidades atuais, a marca promete reconstruir a sua reputação como referência na indústria.

O renascimento da Órbita é não só um marco para Águeda, conhecida como a “capital da bicicleta”, mas também para o setor industrial português, que vê numa marca histórica uma nova oportunidade de inovação e crescimento.

Órbita renasce: Lightmobie traz bicicletas de Águeda de volta ao mercado

A histórica marca de bicicletas Órbita, com raízes em Águeda, está de volta ao mercado após a aquisição da sua massa falida pela empresa Lightmobie. Declarada insolvente em 2020, a Órbita, que já foi um ícone da mobilidade suave em Portugal, renasce agora com o objetivo de se adaptar às exigências atuais do setor.

A Lightmobie, que adquiriu 100% da massa falida da Órbita e cerca de 80% da massa falida da Miralago (empresa mãe da marca), compromete-se a preservar o valor e a herança que a Órbita representa para a indústria nacional. Em comunicado, a empresa destacou que a “estima e o valor da marca Órbita no legado e identidade nacionais são demasiado elevados para se perderem na história”.

José Augusto Mota, proprietário da Lightmobie, vê este projeto como um marco na sua vida. Tendo iniciado a sua carreira profissional na Miralago, o empresário afirmou que o renascimento da Órbita foi impulsionado pelo desejo de revitalizar uma marca com significado profundo para Águeda e para o setor da mobilidade em Portugal.

A aquisição, concretizada com a escritura assinada no início de 2024, deu início às obras de recuperação das instalações, atualmente na fase de acabamentos. A produção das bicicletas Órbita já começou em pequena escala, com modelos disponíveis para venda online e através de distribuidores em Portugal e Espanha. A empresa prevê iniciar operações em maior escala entre fevereiro e março de 2025.

Atualmente, a Lightmobie emprega cerca de 35 pessoas, mas José Augusto Mota espera ultrapassar os 120 colaboradores no próximo ano, acompanhando o crescimento previsto da produção.

O declínio financeiro da Órbita começou em 2019, quando a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) rescindiu o contrato com a fabricante devido a dificuldades no cumprimento do serviço. Este foi um golpe significativo, com a empresa a acumular uma dívida de 14,2 milhões de euros, repartida entre credores como a EMEL (6,8 milhões de euros) e instituições bancárias, incluindo o Santander e o BNI Europa.

Após falhar na apresentação de um plano no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER), a Órbita foi declarada insolvente, encerrando uma trajetória de quase meio século sob a gestão da família Ferreira.

Agora, sob a liderança da Lightmobie, a Órbita prepara-se para enfrentar novos desafios no mercado da mobilidade suave. Com foco em bicicletas elétricas e convencionais adaptadas às necessidades atuais, a marca promete reconstruir a sua reputação como referência na indústria.

O renascimento da Órbita é não só um marco para Águeda, conhecida como a “capital da bicicleta”, mas também para o setor industrial português, que vê numa marca histórica uma nova oportunidade de inovação e crescimento.

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