Domingo, Setembro 8, 2024

Ovar Em Debate: Demolição do Cineteatro Levanta Controvérsia

Câmara de Ovar Adquiriu Edifício por 375 Mil Euros para Novos Usos, mas Enfrenta Oposição

A Câmara Municipal de Ovar está a enfrentar uma onda de oposição após anunciar a intenção de demolir o antigo Cineteatro de Ovar, um edifício que foi adquirido pela autarquia por 375.000 euros em 2018. Inaugurado em 1944 no estilo arquitetónico do Estado Novo, o cineteatro operou até aos anos 90, quando começou a deteriorar-se, culminando na derrocada parcial da fachada em 2016. Para garantir a segurança pública, a Câmara tomou posse administrativa do edifício e posteriormente comprou-o.

O antigo presidente da autarquia, Salvador Malheiro, tinha então planos de adaptar o imóvel a novas valências, afastando a ideia de transformá-lo numa casa de espetáculos. Malheiro afirmou, na altura, que a aquisição do cineteatro era um marco simbólico para a comunidade vareira e que o edifício, apesar do seu estado avançado de degradação, estava prestes a entrar numa nova fase.

Contudo, a atual administração liderada por Domingos Silva, que era vice-presidente na altura da aquisição, sustenta que o cineteatro já está praticamente demolido desde 2016. A câmara planeia agora a construção de uma nova “Praça Cineteatro” no local. Este conceito visa requalificar o espaço, criando uma nova praça no centro da cidade com uma entrada privilegiada para o Parque Urbano, permitindo uma utilização polivalente, incluindo fins culturais.

O projeto, ainda em fase inicial, não tem uma data definida para a sua concretização, o que não impediu uma onda de críticas. Fernando Camelo de Almeida, membro da Assembleia Municipal de Ovar, qualificou a demolição como inaceitável e exigiu uma consulta pública, argumentando que tal decisão não constava do programa eleitoral do PSD. Almeida acredita que o edifício pode ser reabilitado para servir a cidade sem sacrificar mais um elemento da sua memória coletiva.

Em resposta à notícia da demolição, surgiu nas redes sociais a petição “Demolição do Cineteatro de Ovar NÃO”, que já conta com mais de 160 assinaturas. Os subscritores pedem a conservação e reabilitação do edifício, defendendo o seu valor histórico e sentimental para a comunidade. A petição argumenta que, apesar do estado degradado, o cineteatro mantém uma relevância estética e histórica que merece ser preservada.

Os proponentes da petição sugerem que, assim como outros municípios têm reabilitado edifícios históricos com sucesso, o Cineteatro de Ovar também pode ser revitalizado e adaptado a novos usos, promovendo a regeneração urbana e a sustentabilidade.

Este debate acalorado destaca a tensão entre a preservação do património histórico e a modernização urbana, refletindo a importância de consultar a comunidade em decisões que afetam a sua identidade coletiva.

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Ovar Em Debate: Demolição do Cineteatro Levanta Controvérsia

Câmara de Ovar Adquiriu Edifício por 375 Mil Euros para Novos Usos, mas Enfrenta Oposição

A Câmara Municipal de Ovar está a enfrentar uma onda de oposição após anunciar a intenção de demolir o antigo Cineteatro de Ovar, um edifício que foi adquirido pela autarquia por 375.000 euros em 2018. Inaugurado em 1944 no estilo arquitetónico do Estado Novo, o cineteatro operou até aos anos 90, quando começou a deteriorar-se, culminando na derrocada parcial da fachada em 2016. Para garantir a segurança pública, a Câmara tomou posse administrativa do edifício e posteriormente comprou-o.

O antigo presidente da autarquia, Salvador Malheiro, tinha então planos de adaptar o imóvel a novas valências, afastando a ideia de transformá-lo numa casa de espetáculos. Malheiro afirmou, na altura, que a aquisição do cineteatro era um marco simbólico para a comunidade vareira e que o edifício, apesar do seu estado avançado de degradação, estava prestes a entrar numa nova fase.

Contudo, a atual administração liderada por Domingos Silva, que era vice-presidente na altura da aquisição, sustenta que o cineteatro já está praticamente demolido desde 2016. A câmara planeia agora a construção de uma nova “Praça Cineteatro” no local. Este conceito visa requalificar o espaço, criando uma nova praça no centro da cidade com uma entrada privilegiada para o Parque Urbano, permitindo uma utilização polivalente, incluindo fins culturais.

O projeto, ainda em fase inicial, não tem uma data definida para a sua concretização, o que não impediu uma onda de críticas. Fernando Camelo de Almeida, membro da Assembleia Municipal de Ovar, qualificou a demolição como inaceitável e exigiu uma consulta pública, argumentando que tal decisão não constava do programa eleitoral do PSD. Almeida acredita que o edifício pode ser reabilitado para servir a cidade sem sacrificar mais um elemento da sua memória coletiva.

Em resposta à notícia da demolição, surgiu nas redes sociais a petição “Demolição do Cineteatro de Ovar NÃO”, que já conta com mais de 160 assinaturas. Os subscritores pedem a conservação e reabilitação do edifício, defendendo o seu valor histórico e sentimental para a comunidade. A petição argumenta que, apesar do estado degradado, o cineteatro mantém uma relevância estética e histórica que merece ser preservada.

Os proponentes da petição sugerem que, assim como outros municípios têm reabilitado edifícios históricos com sucesso, o Cineteatro de Ovar também pode ser revitalizado e adaptado a novos usos, promovendo a regeneração urbana e a sustentabilidade.

Este debate acalorado destaca a tensão entre a preservação do património histórico e a modernização urbana, refletindo a importância de consultar a comunidade em decisões que afetam a sua identidade coletiva.

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