A reunião do executivo municipal de Águeda prosseguiu com um conjunto de questões colocadas pela vereadora do PS, Daniela Herculano, relativas ao estado das infraestruturas rodoviárias do concelho, em particular a Ponte da Aguieira, que sofreu uma derrocada, e a Ponte de Alombada, onde ocorreram danos mais recentes. A socialista pediu esclarecimentos sobre as soluções técnicas previstas, os prazos e a responsabilidade das entidades envolvidas, sublinhando a importância destas vias para a mobilidade da população.
Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, descreveu com detalhe o que já foi feito e o que está previsto para cada uma das estruturas. Sobre a Ponte da Aguieira, garantiu que a autarquia atuou imediatamente após o incidente, enviando máquinas e equipas municipais para estabilizar a zona e impedir o agravamento da derrocada. Sublinhou que o que se encontra no local “foi preservado ao máximo possível”, mas que a deterioração estrutural é significativa e não permite soluções temporárias ou superficiais.
O autarca explicou que a Câmara já contactou várias entidades e especialistas para avaliar as opções técnicas mais seguras e definitivas. Informou que ainda decorrerá algum tempo até ser tomada a decisão final, uma vez que a solução escolhida deve garantir durabilidade, segurança e adequação às características do ribeiro que atravessa a estrutura.
Segundo Jorge Almeida, a única solução viável será a construção de um pontão em cimento, substituindo integralmente a estrutura existente. A intervenção irá implicar o corte total da estrada durante o período de obra e será realizada com recurso a uma boxcover, uma solução pré-fabricada que chega ao local em módulos. Apesar de permitir uma montagem mais rápida, o transporte e a instalação destas peças exigem maquinaria pesada e trabalhos adicionais de escavação e contenção, pelo que a intervenção “será sempre demorada”.
O presidente lembrou ainda que, nesta época do ano, o ribeiro apresenta maior caudal, o que dificulta operações de engenharia e condiciona o início dos trabalhos. A autarquia aguarda agora a conclusão dos estudos e pareceres técnicos para avançar para a empreitada definitiva.

Quanto à Ponte da Alombada, Jorge Almeida transmitiu uma mensagem de tranquilidade. Garantiu que a estrutura da ponte não sofreu qualquer dano relevante, esclarecendo que os problemas registados se limitaram às barreiras laterais, que foram derrubadas, mas que não comprometeram a integridade da ponte. Trata-se, segundo o autarca, de uma intervenção “fácil, simples e rápida”, que será resolvida em breve pelos serviços municipais.
O presidente sublinhou que, em ambos os casos, a Câmara está a acompanhar de perto as situações e que todas as decisões estão a ser tomadas com base em critérios técnicos, privilegiando a segurança dos utilizadores e a durabilidade das soluções. Reforçou ainda que os munícipes serão devidamente informados à medida que os processos avancem e que os prazos e constrangimentos fiquem definidos.

