Águeda viveu, no último fim de semana, um dos momentos de maior afluência de sempre, com milhares de pessoas a deslocarem-se ao concelho para participar nos diversos eventos culturais, desportivos e festivos que animaram a cidade. Contudo, o que deveria ter sido uma oportunidade de ouro para os empresários locais acabou por revelar uma fragilidade que surpreendeu munícipes, visitantes e autarcas: a maioria dos restaurantes encontrava-se encerrada.
O alerta foi dado publicamente pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda, Edson Santos, que partilhou imagens ilustrativas do cenário, acompanhadas de uma mensagem clara: “Esta foi a palavra que mais vi nas portas dos nossos restaurantes em Águeda… Fechado. Agora temos todos de refletir como podemos resolver este problema, tendo em conta os milhares de pessoas que procuravam um lugar para jantar.”
A situação gerou perplexidade num fim de semana descrito pelo autarca como “cheio de vida, movimento e acontecimentos por toda a cidade”, sublinhando que nunca se tinha assistido a um fluxo tão elevado de visitantes em simultâneo — e que a incapacidade de resposta da restauração deixou muitos sem alternativa.
Oportunidade perdida e necessidade de planeamento
A Câmara Municipal considera essencial abrir um debate alargado com empresários, associações do setor e comunidade, no sentido de encontrar soluções que permitam “alinhar capacidade e oferta com momentos de grande procura”.
Segundo Edson Santos, episódios como este representam não apenas perda económica para o comércio local, mas também uma quebra na experiência de quem visita Águeda: “Tivemos milhares de pessoas nas ruas, mas vimos portas fechadas onde deviam estar abertas oportunidades.”
