O deputado municipal do Chega na Assembleia Municipal de Lisboa, Nuno Pardal Ribeiro, vai renunciar ao mandato depois de ter sido acusado pelo Ministério Público (MP) de dois crimes de prostituição de menores agravados. A informação foi avançada pelo Observador, enquanto o Notícias ao Minuto tentou contactar o partido, sem obter resposta até ao momento.
Segundo o Expresso, o agora ex-deputado e vice-presidente da distrital de Lisboa do Chega está acusado de ter pago a um jovem de 15 anos para manter relações sexuais. O encontro terá ocorrido no dia 11 de julho de 2023, depois de ambos se terem conhecido através do Grindr, uma aplicação de encontros para a comunidade LGBTQIA+. Após conversarem pelo WhatsApp, o encontro foi combinado junto a uma estação de comboios, de onde seguiram no carro de Nuno Pardal para um pinhal.
De acordo com a acusação do Ministério Público, durante a viagem, o deputado perguntou a idade do jovem, que respondeu ter 15 anos. Apesar disso, os dois terão praticado sexo oral mútuo, sendo que, no final, Nuno Pardal Ribeiro transferiu vinte euros via MBWay para o adolescente.
O caso foi denunciado à Polícia Judiciária (PJ) pelos pais do jovem, que encontraram mensagens trocadas entre ambos no telemóvel do filho. O MP acusa o agora ex-deputado de dois crimes de prostituição de menores agravados, um consumado e outro na forma tentada, uma vez que terá tentado marcar um segundo encontro, que foi recusado pelo jovem.
De acordo com a legislação portuguesa, a idade mínima de consentimento para relações sexuais com adultos é de 16 anos, e em casos que envolvem pagamento, o limite sobe para 18 anos.
Em declarações ao Expresso, Nuno Pardal não negou o encontro com o adolescente, mas alegou desconhecer que era menor de idade. “Irei serenamente proceder à minha defesa, lamentando profundamente a situação desagradável para todas as partes”, afirmou ao jornal.
Até ao momento, o partido Chega não emitiu qualquer comentário oficial sobre o caso.
Foto: Chega/Distrital de Lisboa