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Pastel de Águeda continua sem certificação IGP: Um tesouro gastronómico em risco?

Apesar de ser um verdadeiro ícone da doçaria regional, o famoso Pastel de Águeda continua a enfrentar um obstáculo inesperado: a ausência da certificação de Indicação Geográfica Protegida (IGP). A informação foi confirmada pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), deixando produtores e apreciadores deste doce em alerta. Afinal, poderá esta iguaria estar em risco de perder a sua identidade autêntica?

A certificação alimentar tem vindo a tornar-se um fator crítico para os consumidores, cada vez mais exigentes na busca por produtos seguros, sustentáveis e de qualidade comprovada. No entanto, no caso do Pastel de Águeda, a falta de reconhecimento oficial pode comprometer a sua credibilidade e abri-lo às imitações que não respeitam a receita tradicional.

Surpreendentemente, apesar da crescente valorização dos produtos locais e da necessidade de proteção contra falsificações, o processo de certificação do Pastel de Águeda continua por iniciar. Os produtores locais parecem enfrentar dificuldades em organizar-se e submeter uma candidatura formal às autoridades competentes, um passo fundamental para garantir que este doce típico recebe o reconhecimento que merece.

A falta de certificação não é apenas um entrave burocrático – é também uma ameaça real à identidade gastronómica da região. Sem um selo de qualidade que comprove a sua autenticidade, o Pastel de Águeda corre o risco de perder relevância no mercado e de ser ultrapassado por versões genéricas que não fazem jus à tradição. Atualmente, a escolha do local onde se degusta um Pastel de Águeda depende unicamente do gosto pessoal de cada consumidor, uma vez que não existe um caderno de encargos oficial que imponha rigor na execução da receita. Esta lacuna abre espaço para variações que podem distanciar-se do verdadeiro sabor e textura que caracterizam este doce tradicional.

O impacto económico também não pode ser ignorado. A obtenção da certificação IGP poderia impulsionar a economia local, aumentar a produção e gerar mais empregos na região. Países como França e Itália já comprovaram os benefícios da proteção de produtos regionais, garantindo prestígio e retorno financeiro. Águeda poderia seguir o mesmo caminho, mas até ao momento parece hesitante em dar esse passo crucial.

A questão que se coloca agora é: quem assumira a responsabilidade de defender este patrimônio gastronómico? Será necessário um movimento conjunto entre produtores, associações e entidades governamentais para garantir que o Pastel de Águeda receba a proteção que merece antes que seja tarde demais.

Até que este processo avance, o Pastel de Águeda continua a ser um doce de referência, mas sem a garantia legal que o proteja. O tempo está a contar para que esta delícia tradicional não seja mais uma vítima da inércia burocrática e da falta de mobilização dos seus defensores. Resta saber: será que veremos um futuro onde este pastel é celebrado como um património verdadeiramente protegido, ou estará condenado ao esquecimento?

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