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Volta a Portugal do Futuro: 2.ª etapa arranca hoje de Águeda rumo ao temível Alto de São Macário

A cidade de Águeda volta esta sexta-feira a assumir um papel central no panorama do ciclismo nacional ao acolher a partida da segunda etapa da Volta a Portugal do Futuro, competição destinada a corredores sub-23 que serve de trampolim para muitos talentos do pelotão nacional e internacional. A etapa tem início marcado para as 12h00, na emblemática Avenida 25 de Abril, onde se concentrarão equipas, técnicos, adeptos e curiosos para testemunhar o arranque de uma tirada que se adivinha decisiva.

Com 124,8 quilómetros pela frente, os ciclistas enfrentam uma jornada sinuosa e exigente, com chegada prevista para as 15h32 ao Alto de São Macário, no concelho de São Pedro do Sul — uma das subidas mais desafiantes da edição de 2025. A ascensão final, com inclinações severas e ambiente de serra, poderá servir de palco a ataques decisivos entre os principais candidatos à camisola amarela.

Ao longo do percurso, o pelotão enfrentará três metas volantes que prometem agitar a luta por pontos e bonificações. A primeira surge ainda dentro do concelho de Águeda, ao quilómetro 20,7, enquanto as restantes localizam-se em Vouzela (km 86,1) e em pleno centro de São Pedro do Sul (km 93,8), já numa fase avançada da etapa.

A dureza do traçado é reforçada por quatro contagens de montanha. As duas primeiras, ambas de terceira categoria, situam-se aos quilómetros 65,8 e 98,2. A terceira, considerada de primeira categoria, apresenta-se como o maior desafio do dia e está posicionada a apenas 14 quilómetros do final, servindo como antecâmara à subida decisiva. A própria chegada, no cimo de São Macário, será igualmente pontuável, embora novamente como terceira categoria.

Trajeto diversificado no coração do Centro

A 2.ª etapa atravessa várias localidades emblemáticas da região centro do país, combinando zonas urbanas e rurais com troços de serra, vales profundos e estradas técnicas. Desde Águeda, os corredores seguem por Valongo do Vouga e Aguieira, entrando depois em zonas mais montanhosas como Carvalhal da Portela e Sever do Vouga. Após a travessia por Oliveira de Frades e Vouzela, as dificuldades aumentam à medida que se aproxima São Pedro do Sul e, por fim, o Alto de São Macário — um santuário natural que hoje se converte em meta gloriosa.

O desenho da etapa favorece os trepadores e os corredores mais explosivos, sobretudo na fase final. Com três metas volantes e quatro subidas categorizadas, há também muito em jogo para os que disputam as classificações intermédias, tornando a etapa particularmente rica em movimentações estratégicas.

João Martins abriu em grande

A Volta a Portugal do Futuro arrancou esta quinta-feira com a primeira etapa entre Pombal e Aveiro, num total de 126,9 quilómetros. João Martins, da formação Rádio Popular/Paredes/Boavista, foi o mais rápido, vencendo ao sprint após 2 horas, 42 minutos e 16 segundos de prova, a uma notável média de 46,923 km/h. O jovem ciclista assumiu assim a liderança da classificação geral, vestindo a camisola amarela à partida desta segunda jornada.

A vitória de Martins reforça a competitividade da equipa boavisteira, uma das mais experientes no escalão de formação, e coloca pressão acrescida sobre as restantes estruturas que hoje tentarão, certamente, lançar contra-ataques e reduzir as diferenças.

Equipas participantes: juventude e ambição na estrada

A edição de 2025 da Volta a Portugal do Futuro conta com um pelotão numeroso e diversificado, composto por 16 equipas portuguesas e 3 estrangeiras. A representar Portugal estão:

  • Anicolor/Tien 21
  • Aviludo/Louletano/Loulé Concelho
  • Credibom/LA Alumínios/Marcos Car
  • Earth Consulters/Maia/Frutas Monte Cristo
  • Efapel Cycling
  • Feirense/Beeceler
  • GI Group Holding/Simoldes/Oliveirense
  • Óbidos Cycling Team
  • Porminho Team Sub23
  • Rádio Popular/Paredes/Boavista
  • Santa Maria da Feira/Moreira/Bolflex/E.Leclerc
  • Soma Group/Lordelo/Paredes
  • Tavfer/Ovos Matinados/Mortágua

Do estrangeiro marcam presença as formações Rias Baixas (Espanha), Technosylva/Maglia/Bembibre Cycling Team (também de Espanha) e a irlandesa Velo Performance, garantindo um pelotão internacional e competitivo.

História da prova: berço de campeões

Criada em 1993, a Volta a Portugal do Futuro é muitas vezes apontada como o principal viveiro do ciclismo nacional. Ao longo das suas edições, foram muitos os corredores que deram aqui os primeiros passos rumo ao profissionalismo, alguns alcançando depois projeção mundial.

Entre os nomes que já inscreveram o seu nome na história da prova estão Joaquim Gomes (1993, Recer/Boavista), José Azevedo (1998, Maia/Cin), o espanhol Óscar Pereiro (1999, Águas de Mondariz), vencedor do Tour de France em 2006, Daniel Moreno (2003, Alcosto), António Carvalho (2013, LA Alumínios/Antarte), Emanuel Duarte (2019, LA Alumínios/LA Sport), André Domingues (2021, Efapel), Gabriel Rojas (2022, Essax), João Silva (2023, Kelly/Simoldes/Oliveirense) e Luca Bagnara (2024, Team Polti/Kometa).

Com este legado e o talento que desfila pelas estradas portuguesas nos próximos dias, o espetáculo está garantido. E hoje, em Águeda, recomeça a luta pela camisola amarela.

Foto: topcycling (redes sociais)

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