Jorge Ratola, atual adjunto do primeiro-ministro e antigo vice-presidente da Câmara de Aveiro, será o cabeça de lista do PSD à Câmara Municipal de Espinho nas próximas eleições autárquicas. A decisão foi anunciada esta quinta-feira pela distrital social-democrata, na sequência da rejeição da candidatura de Ricardo Sousa, inicialmente aprovada pela concelhia local.
Ricardo Sousa, que preside ainda à secção de Espinho do PSD, tinha visto o seu nome validado por unanimidade em novembro. No entanto, em março, a coordenação autárquica nacional, liderada por Pedro Alves, manifestou a intenção de substituir o candidato, sustentando a decisão em estudos de opinião que apontavam a dificuldade de Sousa vencer as eleições.
A proposta de Jorge Ratola foi ratificada na quarta-feira à noite numa reunião da distrital de Aveiro, que contou com cerca de 40 votantes, tendo apenas Ricardo Sousa apresentado voto contra.
Natural de Aveiro, Jorge Ratola, de 59 anos, tem um percurso marcado pelo trabalho em cargos públicos e autárquicos. Entre outras funções, foi chefe de gabinete na Câmara de Espinho de 2009 a 2013, vereador e vice-presidente na Câmara de Aveiro entre 2013 e 2021, e chefe de gabinete da presidência na Câmara de Santa Maria da Feira entre 2021 e 2024, antes de assumir funções como adjunto no gabinete do primeiro-ministro Luís Montenegro em 2024.
A estrutura distrital do PSD sublinha que Ratola tem “grande experiência autárquica” e um perfil capaz de garantir a reorganização dos serviços municipais, dinamizar projetos e recuperar a confiança dos espinhenses na gestão autárquica.
Além de Jorge Ratola, já são conhecidas as candidaturas de Pilar Gomes (CDU), Luís Canelas (PS), e de Maria Manuel Cruz, atual presidente da Câmara de Espinho, que concorre como independente após se desvincular do PS na sequência do caso Vortex e do apoio do partido ao vereador Luís Canelas.
O executivo municipal de Espinho é atualmente composto por sete elementos: três eleitos pelo PS — Maria Manuel Cruz, Leonor Lêdo Fonseca e Lurdes Rebelo —, Luís Canelas, eleito pelo PS mas entretanto sem pelouros, e três vereadores eleitos pelo PSD — Lurdes Ganicho, João Passos e Hélder Rodrigues.