A Polícia Judiciária (PJ) confirmou, após o processo de identificação científica realizado em colaboração com o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, as nacionalidades das 16 vítimas mortais do acidente ocorrido no Elevador da Glória, em Lisboa, na passada quarta-feira.
Entre os mortos encontram-se cinco cidadãos portugueses, dois sul-coreanos, três britânicos, dois canadianos, um suíço, um ucraniano, um norte-americano e um francês.
O caso do cidadão alemão inicialmente apontado como vítima mortal foi entretanto esclarecido: trata-se de um dos feridos graves, que permanece internado no Hospital de São José, em Lisboa.
O acidente, considerado uma das maiores tragédias de transportes em Portugal nos últimos anos, ocorreu quando o cabo de segurança do funicular se partiu, provocando o descarrilamento e embate contra um edifício próximo. O balanço final é de 16 mortos e mais de 20 feridos.
O Ministério Público abriu um inquérito para apurar responsabilidades, enquanto o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) conduz uma investigação técnica independente, da qual se espera um relatório preliminar no prazo de 45 dias. Segundo o El País, o equipamento tinha sido alvo de inspeção no ano anterior e não apresentava falhas detetadas.
Face à dimensão da tragédia, o Governo decretou um dia de luto nacional e a Câmara Municipal de Lisboa declarou três dias de luto municipal. Em vários pontos da cidade, incluindo na Calçada da Glória, multiplicaram-se manifestações de pesar, com populares a depositar flores e velas em memória das vítimas.
O Elevador da Glória, inaugurado em 1885 e um dos ícones turísticos da capital, encontra-se encerrado até novas determinações.