O Movimento Cívico pela Linha do Vouga – MCLV – admitiu ontem “temer pelo futuro do comboio histórico do Vouga”. O Comboio não circulará no período da Páscoa, depois de ter sido criado há 7 anos, gerando isto receio no MCLV.
O Comboio Histórico não irá circular na Páscoa, como já não circulou no último Carnaval. No entender do Movimento “se nada for feito em contrário, o projeto Comboio Histórico do Vouga corre sérios riscos de ter os dias contados”. A falta de condições, segundo a Comboios de Portugal, estará na origem da decisão.
O Movimento Cívico pela Linha do Vouga refere que a avaria se prende com a caldeira da locomotiva a vapor E214. Esta avaria torna-a inoperacional. A CP está a ter dificuldades “em em reunir as condições necessárias para avançar com a reparação da caldeira da locomotiva a vapor”.
O Movimento recorda ainda que a última viagem, no Natal, só foi possível “com grande resiliência por parte do pessoal da manutenção da CP, desta vez com recurso à locomotiva a diesel”.
O movimento cívico enalteceu “o empenho, a bravura e até a paixão que o Município de Águeda e a equipa de Manutenção/Comboios Históricos da CP – Comboios de Portugal têm demonstrado ao longo dos tempos para manter este projeto sobre carris, mas neste momento está claro que isso já não é suficiente”.
Para o Movimento há necessidade de alargar o projeto a mais entidades, de forma a valorizar um dos seus maiores produtos turísticos. O MCLV contactou os municípios de Espinho, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha, Águeda e Aveiro para que “salvem o comboio histórico do Vouga”.