A Câmara de Aveiro está contra a intenção da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro de ampliar aterro sanitário de Eirol, defendendo a mudança da unidade para outro município, informou hoje a autarquia.
Durante a reunião pública do executivo municipal, realizada esta quinta-feira, o presidente da Câmara, Ribau Esteves (PSD/CDS/PPM), informou que a autarquia está “contra a manutenção desta estrutura no município de Aveiro”.
“O município de Aveiro já leva um contributo de três décadas ao serviço de toda a região a receber este tipo de resíduos. Fizemo-lo em Taboeira, estamos agora a fazer em Eirol e entendemos que basta”, disse o autarca, defendendo que “é a vez de outro município prestar o serviço”.
Ribau Esteves prometeu ainda utilizar “toda a capacidade de influência, de luta por todos os meios políticos e legais”, para impedir que este objetivo da empresa responsável pela recolha, tratamento e valorização de resíduos urbanos do Litoral Centro seja executado.
Na reunião desta quinta-feira, o executivo tomou ainda conhecimento do ofício enviado ao ministro do Ambiente, onde a Câmara informa que é contra a continuação do funcionamento das instalações da ERSUC, em Eirol, após o fecho da segunda célula de aterro sanitário.
Com o aterro de Taboeira, em Esgueira, aberto em 1998, e depois, desde 2012, com a Unidade de Tratamento Mecânico-Biológico (UTMB) de Eirol, há mais de duas décadas que os resíduos de vários municípios da região são dirigidos para Aveiro.
Para a Câmara de Aveiro é tempo de começar a pensar numa nova localização para esta unidade para onde são encaminhados os resíduos urbanos da região, refere uma nota camarária, adiantando que “uma vez esgotada a capacidade da UTMB e seu aterro sanitário de apoio, o destino dos resíduos deverá passar a ser outro”.
Na mesma reunião, o executivo deliberou aprovar o Plano de Ação para a Estratégia de Gestão de Resíduos Urbanos (PAPERSU) do município de Aveiro, que inclui 17 medidas associadas à prevenção da produção de resíduos, à promoção da separação na origem e à valorização dos resíduos produzidos, totalizando investimentos até 2030 na ordem dos 8,7 milhões de euros.
Nos investimentos previstos o destaque vai para a construção de mais dois ecocentros municipais, a que se juntarão 11 ecocentros de proximidade e a aquisição de duas viaturas para recolha seletiva de biorresíduos e implementação do sistema PAYT/RAYT.
O PAPERSU elaborado pela Câmara também foca a sua ação para o aumento da rede de recolha seletiva de óleo alimentar usado e roupa usada e da frequência de recolha seletiva de monos e resíduos verdes, bem como o investimento em campanhas de sensibilização e educação ambiental diversificadas, incluindo de combate ao desperdício alimentar.
O plano vai ser agora submetido à aprovação da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, tal como previsto na legislação em vigor.
Foto: Diário de Aveiro