Portugal continental enfrenta hoje um dos dias mais críticos em termos de risco de incêndio, com cerca de 50 concelhos sob alerta máximo devido às condições meteorológicas adversas, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Este cenário extremo é impulsionado por temperaturas elevadas, baixa humidade e ventos moderados a fortes, fatores que favorecem a rápida propagação de incêndios florestais.
Entre os concelhos mais vulneráveis, destaca-se Águeda, no distrito de Aveiro. Esta região, com vastas áreas florestais e terrenos agrícolas, enfrenta um risco acrescido, não apenas pelas condições climáticas, mas também pela densa vegetação que se tornou altamente inflamável após semanas de calor intenso e ausência de chuva significativa. Águeda tem uma história de incêndios florestais devastadores e, este ano, o cenário não é diferente, com as autoridades locais e os bombeiros em alerta máximo.
O IPMA aponta que, além de Águeda, concelhos de Faro, Castelo Branco, Santarém, Coimbra, Viseu, Portalegre, Guarda, Vila Real e Bragança também estão sob perigo máximo de incêndio. Em algumas dessas regiões, as temperaturas podem atingir até 38ºC, como é o caso de Castelo Branco e Évora, agravando ainda mais a situação.
A previsão meteorológica para hoje inclui céu pouco nublado ou limpo, com ventos que podem ser fortes nas terras altas do Norte e Centro do país. No entanto, é a combinação da subida das temperaturas com os baixos níveis de humidade que coloca as regiões florestais em maior risco.
Na região de Águeda, os serviços de proteção civil têm reforçado o apelo à população para adotar medidas preventivas, como a limpeza de terrenos e a restrição de atividades que possam desencadear incêndios, como queimadas ou o uso de máquinas agrícolas. O perigo de incêndio deverá manter-se elevado nos próximos dias, pelo menos até domingo, o que exige uma vigilância constante por parte das autoridades e da população.
O cenário em Portugal continental é alarmante, com o governo a monitorizar de perto a situação, especialmente nas áreas de maior risco. Em Águeda e noutros concelhos sob perigo máximo, a colaboração da população será crucial para evitar tragédias maiores.