Segunda-feira, Setembro 23, 2024

Presidente da Câmara de Águeda faz pré-balanço dos incêndios: “Mais de 30% do território foi consumido pelas chamas”

Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, fez hoje um pré-balanço dos incêndios que nos últimos dias devastaram o concelho, em entrevista exclusiva à TVC/Notícias de Águeda. O autarca destacou a gravidade da situação, referindo que mais de 30% do território concelhio foi afetado pelas chamas, provocando danos consideráveis em várias áreas, desde habitações a infraestruturas industriais e agrícolas.

Casas e unidades fabris entre os mais prejudicados

Sem ainda dispor de dados finais, Jorge Almeida adiantou que, até ao momento, foram identificadas entre três a quatro casas de primeira habitação com danos significativos, num total de dez habitações afetadas. Para além das residências, o autarca sublinhou os prejuízos nas unidades fabris e no setor agrícola, com destaque para a destruição de plantações e equipamentos essenciais para a economia local.

“Os prejuízos são imensos, quer em unidades fabris, quer na agricultura e florestas. Muitas plantações e equipamentos foram destruídos, o que terá um impacto económico e social enorme para o concelho nos próximos tempos”, afirmou Jorge Almeida, visivelmente consternado com a magnitude dos danos.

Garantia sobre a qualidade da água potável

Uma das preocupações levantadas pela população tem sido a qualidade da água para consumo humano, uma vez que grandes áreas florestais e agrícolas foram destruídas. No entanto, Jorge Almeida foi taxativo ao garantir que “a qualidade da água para consumo humano não está, nem nunca esteve em causa”. O autarca explicou que, durante o dia de hoje, foram tomadas decisões fundamentais para assegurar essa garantia. “Assegurámos todas as condições para que a água consumida pela população continue segura, e posso afirmar que nunca houve risco nesse sentido”, reforçou.

Apoio às vítimas e lesados pelos incêndios

Numa resposta imediata à crise, o Presidente da Câmara anunciou que foi criado um Gabinete de Apoio às Vítimas e Lesados pelos Incêndios, que está já em pleno funcionamento no edifício da Câmara Municipal de Águeda. Este gabinete tem como objetivo prestar assistência direta aos afetados pelos incêndios, incluindo apoio social, psicológico e administrativo.

“Queremos assegurar que ninguém fica desamparado. Este gabinete está a funcionar com uma equipa dedicada a prestar apoio a quem perdeu os seus bens ou foi afetado de alguma forma. Sabemos que o caminho da recuperação será longo, mas estamos aqui para ajudar em cada passo”, afirmou Jorge Almeida.

Críticas à centralização do comando das operações

Apesar dos elogios à atuação dos bombeiros e das unidades de proteção civil, que o autarca classificou como “incansáveis” no combate às chamas, Jorge Almeida não poupou críticas ao modelo de centralização do comando das operações, que considera ineficaz para a especificidade do território local.

“O que vimos foi um comando centralizado que, apesar de ser formado por técnicos altamente qualificados e com profundo conhecimento no combate a incêndios, não conhece o território. Isso levou a erros que poderiam ter sido evitados, mas que não são assumidos por uma arrogância e falta de humildade em reconhecer falhas”, lamentou o autarca. Para Jorge Almeida, a falta de conhecimento do terreno contribuiu para decisões menos eficazes no combate ao incêndio, que ganhou proporções descontroladas em algumas zonas do concelho.

Incêndio com contornos únicos e dramáticos

Ao longo da entrevista, Jorge Almeida destacou ainda que o fogo que assolou Águeda teve contornos “únicos e dramáticos”, devido às condições meteorológicas extremas e à vasta área de floresta e mato presente no concelho. “Foi um incêndio de uma dimensão sem precedentes, que colocou à prova todas as nossas capacidades de resposta. Felizmente, conseguimos salvar o mais importante: vidas humanas. Mas os danos materiais são imensos, e o caminho para a recuperação será longo e desafiante”, concluiu o autarca.

Próximos passos e reconstrução

O Presidente da Câmara de Águeda reiterou que a autarquia já está a trabalhar em estratégias para a recuperação do concelho, tanto a curto como a longo prazo. “Temos que começar a reconstruir o quanto antes. Vamos coordenar todos os esforços possíveis, seja a nível local, regional ou nacional, para trazer de volta a normalidade ao concelho. A prioridade será sempre o apoio às famílias e às empresas que foram afetadas.”

Jorge Almeida deixou uma mensagem de esperança e resiliência aos habitantes de Águeda, apelando à união de todos para ultrapassar esta fase difícil. “Somos um concelho forte, com pessoas resilientes. Tenho a certeza que juntos vamos superar este desafio”, concluiu.

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Presidente da Câmara de Águeda faz pré-balanço dos incêndios: “Mais de 30% do território foi consumido pelas chamas”

Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, fez hoje um pré-balanço dos incêndios que nos últimos dias devastaram o concelho, em entrevista exclusiva à TVC/Notícias de Águeda. O autarca destacou a gravidade da situação, referindo que mais de 30% do território concelhio foi afetado pelas chamas, provocando danos consideráveis em várias áreas, desde habitações a infraestruturas industriais e agrícolas.

Casas e unidades fabris entre os mais prejudicados

Sem ainda dispor de dados finais, Jorge Almeida adiantou que, até ao momento, foram identificadas entre três a quatro casas de primeira habitação com danos significativos, num total de dez habitações afetadas. Para além das residências, o autarca sublinhou os prejuízos nas unidades fabris e no setor agrícola, com destaque para a destruição de plantações e equipamentos essenciais para a economia local.

“Os prejuízos são imensos, quer em unidades fabris, quer na agricultura e florestas. Muitas plantações e equipamentos foram destruídos, o que terá um impacto económico e social enorme para o concelho nos próximos tempos”, afirmou Jorge Almeida, visivelmente consternado com a magnitude dos danos.

Garantia sobre a qualidade da água potável

Uma das preocupações levantadas pela população tem sido a qualidade da água para consumo humano, uma vez que grandes áreas florestais e agrícolas foram destruídas. No entanto, Jorge Almeida foi taxativo ao garantir que “a qualidade da água para consumo humano não está, nem nunca esteve em causa”. O autarca explicou que, durante o dia de hoje, foram tomadas decisões fundamentais para assegurar essa garantia. “Assegurámos todas as condições para que a água consumida pela população continue segura, e posso afirmar que nunca houve risco nesse sentido”, reforçou.

Apoio às vítimas e lesados pelos incêndios

Numa resposta imediata à crise, o Presidente da Câmara anunciou que foi criado um Gabinete de Apoio às Vítimas e Lesados pelos Incêndios, que está já em pleno funcionamento no edifício da Câmara Municipal de Águeda. Este gabinete tem como objetivo prestar assistência direta aos afetados pelos incêndios, incluindo apoio social, psicológico e administrativo.

“Queremos assegurar que ninguém fica desamparado. Este gabinete está a funcionar com uma equipa dedicada a prestar apoio a quem perdeu os seus bens ou foi afetado de alguma forma. Sabemos que o caminho da recuperação será longo, mas estamos aqui para ajudar em cada passo”, afirmou Jorge Almeida.

Críticas à centralização do comando das operações

Apesar dos elogios à atuação dos bombeiros e das unidades de proteção civil, que o autarca classificou como “incansáveis” no combate às chamas, Jorge Almeida não poupou críticas ao modelo de centralização do comando das operações, que considera ineficaz para a especificidade do território local.

“O que vimos foi um comando centralizado que, apesar de ser formado por técnicos altamente qualificados e com profundo conhecimento no combate a incêndios, não conhece o território. Isso levou a erros que poderiam ter sido evitados, mas que não são assumidos por uma arrogância e falta de humildade em reconhecer falhas”, lamentou o autarca. Para Jorge Almeida, a falta de conhecimento do terreno contribuiu para decisões menos eficazes no combate ao incêndio, que ganhou proporções descontroladas em algumas zonas do concelho.

Incêndio com contornos únicos e dramáticos

Ao longo da entrevista, Jorge Almeida destacou ainda que o fogo que assolou Águeda teve contornos “únicos e dramáticos”, devido às condições meteorológicas extremas e à vasta área de floresta e mato presente no concelho. “Foi um incêndio de uma dimensão sem precedentes, que colocou à prova todas as nossas capacidades de resposta. Felizmente, conseguimos salvar o mais importante: vidas humanas. Mas os danos materiais são imensos, e o caminho para a recuperação será longo e desafiante”, concluiu o autarca.

Próximos passos e reconstrução

O Presidente da Câmara de Águeda reiterou que a autarquia já está a trabalhar em estratégias para a recuperação do concelho, tanto a curto como a longo prazo. “Temos que começar a reconstruir o quanto antes. Vamos coordenar todos os esforços possíveis, seja a nível local, regional ou nacional, para trazer de volta a normalidade ao concelho. A prioridade será sempre o apoio às famílias e às empresas que foram afetadas.”

Jorge Almeida deixou uma mensagem de esperança e resiliência aos habitantes de Águeda, apelando à união de todos para ultrapassar esta fase difícil. “Somos um concelho forte, com pessoas resilientes. Tenho a certeza que juntos vamos superar este desafio”, concluiu.

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