O presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, informou hoje que foram identificadas 51 casas danificadas pelos incêndios que recentemente devastaram a região, com 17 dessas habitações totalmente destruídas. A autarquia encontra-se agora a tentar arranjar soluções de realojamento para as famílias afetadas.
António Loureiro destacou que as famílias desalojadas estão atualmente em diferentes situações: algumas encontram-se temporariamente em casa de familiares, enquanto outras já conseguiram arrendar novas habitações. “Estamos a trabalhar ativamente para identificar casas disponíveis no mercado de arrendamento, e o Governo assumiu o compromisso de cobrir os custos das rendas para as famílias afetadas”, explicou o autarca.
Os incêndios que ocorreram entre os dias 15 e 20 de setembro deixaram um rastro de destruição em várias regiões do país, particularmente no Norte e Centro de Portugal. O balanço oficial aponta para nove mortos e mais de 170 feridos, com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil confirmando cinco vítimas fatais diretamente relacionadas com os incêndios.
De acordo com dados do sistema europeu Copernicus, só neste período, cerca de 135.000 hectares de floresta foram destruídos pelos incêndios. No total, a área ardida em Portugal, em 2024, já ultrapassa os 147.000 hectares, o que coloca este ano entre os piores da última década em termos de devastação florestal.
A Câmara de Albergaria-a-Velha está a coordenar esforços com o Governo para garantir que as famílias desalojadas possam ser realojadas o mais rapidamente possível e com o apoio necessário, continuando a acompanhar de perto a recuperação das áreas atingidas pelo fogo.