Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Ligação do Parque Empresarial do Casarão ao IC2, Reabilitação da Estrada em Serém e Atrasos no Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda

As obras para a construção da ligação entre o Parque Empresarial do Casarão (PEC), em Águeda, e o IC2 já se encontram em andamento, num projeto ambicioso que deverá estar concluído antes do verão de 2026. A empreitada, que representa um investimento de 7,66 milhões de euros (acrescidos de IVA), foi adjudicada à empresa Construções Carlos Pinho, Lda, e será financiada na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Este projeto de grande relevância para o município de Águeda visa melhorar significativamente o acesso ao Parque Empresarial, um dos principais polos industriais da região, criando uma ligação de cerca de oito quilómetros que incluirá a reabilitação da estrada municipal 605-1 e do troço que liga à EN333. Além disso, será construído um viaduto sobre a EN1, com o objetivo de facilitar o trânsito e garantir uma ligação eficiente e segura entre o PEC e o IC2.

O presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, manifestou a sua satisfação pelo início dos trabalhos e mostrou-se confiante de que os prazos serão cumpridos, reiterando a importância desta obra para o desenvolvimento económico local. “Agora é só cumprir os prazos”, declarou o autarca, destacando o impacto positivo que a conclusão da empreitada terá na capacidade competitiva das empresas instaladas no PEC.

Reabilitação da Estrada em Serém Prossegue a Bom Ritmo

Paralelamente à construção da ligação ao IC2, decorre também a obra de reconstrução da estrada em Serém, no troço que abateu em março deste ano devido a um deslizamento de terras. Este incidente obrigou ao corte total do tráfego na zona de Macinhata do Vouga, causando transtornos significativos na circulação rodoviária.

De acordo com Jorge Almeida, a empreitada de reposição do aterro e da plataforma rodoviária está a progredir de forma célere, com a instalação dos equipamentos de drenagem de água, uma medida crucial para garantir a estabilidade do terreno e prevenir novos deslizamentos. “A partir daqui, os trabalhos finais da obra – nomeadamente, a colocação de alcatrões, a pintura dos pisos e a instalação de guardas metálicas – estarão dependentes das condições climatéricas”, explicou o presidente da câmara, adiantando que se prevê a reabertura da estrada nas próximas semanas.

Esta intervenção é fundamental para restabelecer a normal circulação numa via que serve diariamente centenas de veículos, sendo uma prioridade para o município garantir a segurança e a eficácia das infraestruturas rodoviárias da região.

Projeto Estruturante Aveiro-Águeda Enfrenta Atrasos devido à Avaliação de Impacto Ambiental

Enquanto estas obras avançam, persiste a preocupação com a ligação rodoviária entre Aveiro e Águeda, um projeto que há décadas tem sido considerado essencial para o desenvolvimento da região, mas que enfrenta novos entraves devido à falta de uma declaração de impacto ambiental.

Na sessão comemorativa dos 35 anos de associativismo municipal na região, que teve lugar a 16 de outubro, Joaquim Baptista, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), criticou duramente a morosidade do processo burocrático que tem impedido o avanço do eixo rodoviário Aveiro-Águeda. “Estamos em vias de perder a oportunidade de avançar com uma via ambicionada há décadas e absolutamente estruturante para o desenvolvimento económico desta região”, alertou o dirigente, sublinhando as dificuldades associadas à obtenção de pareceres ambientais. “Agora é preciso calcular novamente o CO2 produzido pelo estaleiro da obra”, disse, expressando a sua frustração com a lentidão do processo.

A falta de uma decisão célere por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a colocar em risco a concretização deste projeto, que ainda pode beneficiar de fundos do PRR, mas para o qual o tempo começa a escassear. Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, recordou que o projeto de execução da obra foi submetido à APA em março, e desde então aguarda pela declaração de impacto ambiental, um passo essencial para o início dos trabalhos.

“Estamos a falar de uma obra que é ansiada pelas populações há mais de 60 anos e que as comunidades não percebem por que é que ainda não avançou”, afirmou o autarca, sublinhando a importância deste eixo rodoviário para melhorar a mobilidade e as condições de vida da população. “Nos tempos de hoje, não é aceitável que, em hora de ponta, um cidadão demore uma hora a chegar de Águeda a Aveiro”, acrescentou, destacando o impacto que o congestionamento diário de tráfego tem sobre a região.

De acordo com as contagens de tráfego da Infraestruturas de Portugal, cerca de 16 mil veículos utilizam diariamente esta ligação, que tem sido alvo de repetidos atrasos e adiamentos. Para Jorge Almeida, “não é uma questão adiável”, e é essencial que haja “coragem política para tomar decisões” que possam destravar o projeto e garantir o seu avanço.

A ligação rodoviária entre Aveiro e Águeda é vista como crucial para o desenvolvimento económico da região, facilitando o escoamento de mercadorias e melhorando as condições de mobilidade para as empresas e residentes. A falta de uma infraestrutura adequada tem sido apontada como um dos principais fatores que limitam o crescimento de Águeda, uma cidade com um forte setor industrial, mas que depende de vias rápidas eficientes para manter a sua competitividade.

A criação desta via rodoviária é, portanto, considerada uma peça chave na estratégia de desenvolvimento regional, integrando-se nos planos de modernização das infraestruturas de transporte financiados pelo PRR. Contudo, os atrasos no processo de licenciamento ambiental têm gerado frustração entre os autarcas e empresários locais, que temem perder mais uma oportunidade de modernizar a região.

As próximas semanas serão decisivas para o futuro deste projeto, que continua a aguardar a declaração de impacto ambiental para poder avançar. Caso não se consiga cumprir os prazos previstos, há o risco de perder os fundos europeus destinados a financiar a obra, o que representaria um revés significativo para a região.

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Ligação do Parque Empresarial do Casarão ao IC2, Reabilitação da Estrada em Serém e Atrasos no Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda

As obras para a construção da ligação entre o Parque Empresarial do Casarão (PEC), em Águeda, e o IC2 já se encontram em andamento, num projeto ambicioso que deverá estar concluído antes do verão de 2026. A empreitada, que representa um investimento de 7,66 milhões de euros (acrescidos de IVA), foi adjudicada à empresa Construções Carlos Pinho, Lda, e será financiada na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Este projeto de grande relevância para o município de Águeda visa melhorar significativamente o acesso ao Parque Empresarial, um dos principais polos industriais da região, criando uma ligação de cerca de oito quilómetros que incluirá a reabilitação da estrada municipal 605-1 e do troço que liga à EN333. Além disso, será construído um viaduto sobre a EN1, com o objetivo de facilitar o trânsito e garantir uma ligação eficiente e segura entre o PEC e o IC2.

O presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, manifestou a sua satisfação pelo início dos trabalhos e mostrou-se confiante de que os prazos serão cumpridos, reiterando a importância desta obra para o desenvolvimento económico local. “Agora é só cumprir os prazos”, declarou o autarca, destacando o impacto positivo que a conclusão da empreitada terá na capacidade competitiva das empresas instaladas no PEC.

Reabilitação da Estrada em Serém Prossegue a Bom Ritmo

Paralelamente à construção da ligação ao IC2, decorre também a obra de reconstrução da estrada em Serém, no troço que abateu em março deste ano devido a um deslizamento de terras. Este incidente obrigou ao corte total do tráfego na zona de Macinhata do Vouga, causando transtornos significativos na circulação rodoviária.

De acordo com Jorge Almeida, a empreitada de reposição do aterro e da plataforma rodoviária está a progredir de forma célere, com a instalação dos equipamentos de drenagem de água, uma medida crucial para garantir a estabilidade do terreno e prevenir novos deslizamentos. “A partir daqui, os trabalhos finais da obra – nomeadamente, a colocação de alcatrões, a pintura dos pisos e a instalação de guardas metálicas – estarão dependentes das condições climatéricas”, explicou o presidente da câmara, adiantando que se prevê a reabertura da estrada nas próximas semanas.

Esta intervenção é fundamental para restabelecer a normal circulação numa via que serve diariamente centenas de veículos, sendo uma prioridade para o município garantir a segurança e a eficácia das infraestruturas rodoviárias da região.

Projeto Estruturante Aveiro-Águeda Enfrenta Atrasos devido à Avaliação de Impacto Ambiental

Enquanto estas obras avançam, persiste a preocupação com a ligação rodoviária entre Aveiro e Águeda, um projeto que há décadas tem sido considerado essencial para o desenvolvimento da região, mas que enfrenta novos entraves devido à falta de uma declaração de impacto ambiental.

Na sessão comemorativa dos 35 anos de associativismo municipal na região, que teve lugar a 16 de outubro, Joaquim Baptista, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), criticou duramente a morosidade do processo burocrático que tem impedido o avanço do eixo rodoviário Aveiro-Águeda. “Estamos em vias de perder a oportunidade de avançar com uma via ambicionada há décadas e absolutamente estruturante para o desenvolvimento económico desta região”, alertou o dirigente, sublinhando as dificuldades associadas à obtenção de pareceres ambientais. “Agora é preciso calcular novamente o CO2 produzido pelo estaleiro da obra”, disse, expressando a sua frustração com a lentidão do processo.

A falta de uma decisão célere por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a colocar em risco a concretização deste projeto, que ainda pode beneficiar de fundos do PRR, mas para o qual o tempo começa a escassear. Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, recordou que o projeto de execução da obra foi submetido à APA em março, e desde então aguarda pela declaração de impacto ambiental, um passo essencial para o início dos trabalhos.

“Estamos a falar de uma obra que é ansiada pelas populações há mais de 60 anos e que as comunidades não percebem por que é que ainda não avançou”, afirmou o autarca, sublinhando a importância deste eixo rodoviário para melhorar a mobilidade e as condições de vida da população. “Nos tempos de hoje, não é aceitável que, em hora de ponta, um cidadão demore uma hora a chegar de Águeda a Aveiro”, acrescentou, destacando o impacto que o congestionamento diário de tráfego tem sobre a região.

De acordo com as contagens de tráfego da Infraestruturas de Portugal, cerca de 16 mil veículos utilizam diariamente esta ligação, que tem sido alvo de repetidos atrasos e adiamentos. Para Jorge Almeida, “não é uma questão adiável”, e é essencial que haja “coragem política para tomar decisões” que possam destravar o projeto e garantir o seu avanço.

A ligação rodoviária entre Aveiro e Águeda é vista como crucial para o desenvolvimento económico da região, facilitando o escoamento de mercadorias e melhorando as condições de mobilidade para as empresas e residentes. A falta de uma infraestrutura adequada tem sido apontada como um dos principais fatores que limitam o crescimento de Águeda, uma cidade com um forte setor industrial, mas que depende de vias rápidas eficientes para manter a sua competitividade.

A criação desta via rodoviária é, portanto, considerada uma peça chave na estratégia de desenvolvimento regional, integrando-se nos planos de modernização das infraestruturas de transporte financiados pelo PRR. Contudo, os atrasos no processo de licenciamento ambiental têm gerado frustração entre os autarcas e empresários locais, que temem perder mais uma oportunidade de modernizar a região.

As próximas semanas serão decisivas para o futuro deste projeto, que continua a aguardar a declaração de impacto ambiental para poder avançar. Caso não se consiga cumprir os prazos previstos, há o risco de perder os fundos europeus destinados a financiar a obra, o que representaria um revés significativo para a região.

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