O Centro de Artes de Águeda foi palco, na noite de sábado, 16 de novembro, de uma extraordinária interpretação de Carmina Burana, a icónica cantata cénica de Carl Orff. Sob a batuta do Maestro Jan Wierzba, Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras, cerca de 200 músicos e coralistas proporcionaram um espetáculo memorável, que ficará certamente gravado na memória dos presentes.
A grandiosa obra abriu com a poderosa O Fortuna, transportando a audiência para o universo dinâmico e dramático concebido por Orff. A interpretação foi enriquecida pela atuação de três solistas de exceção: a soprano Ana Sofia Ventura, o tenor Marco Alves dos Santos e o barítono André Baleiro, cujas prestações emocionaram o público pela profundidade e técnica vocal.
Além da Orquestra Filarmonia das Beiras, o evento contou com a participação de um leque notável de agrupamentos corais e musicais da região. Subiram ao palco a União de Bandas de Águeda, o Coro do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, o Coro Infantil Allegrus II do Conservatório de Música de Águeda, o Orfeão de Águeda e o Coro da Associação Cultural de Recardães. Este conjunto diversificado de talentos, unidos por um único propósito artístico, conferiu uma dimensão comunitária ao espetáculo, refletindo a riqueza cultural de Águeda e da sua região.
A apresentação de Carmina Burana foi mais do que um concerto; foi uma celebração do poder unificador da música. A sintonia entre orquestra, coro e solistas foi uma amostra do rigor e dedicação artística de todos os envolvidos. Sob a direção precisa de Jan Wierzba, cada passagem da obra foi conduzida com uma energia vibrante e um equilíbrio entre momentos de força arrebatadora e outros de delicadeza intimista.
O público, que encheu o auditório, reagiu com entusiasmo, brindando os músicos e coralistas com uma ovação de pé no final da apresentação. A energia da obra, combinada com a interpretação excecional, garantiu uma noite de emoções fortes, provando, mais uma vez, a capacidade da música em transcender barreiras e unir pessoas.
Este evento insere-se na programação cultural do Centro de Artes de Águeda, que tem vindo a destacar-se como um espaço de excelência na promoção das artes. Ao acolher projetos desta magnitude, a instituição reafirma o seu compromisso com a valorização da cultura e com a oferta de experiências artísticas de qualidade.
A interpretação de Carmina Burana em Águeda foi mais do que um marco artístico; foi uma demonstração do talento local e da capacidade das instituições culturais da região de se destacarem em iniciativas de dimensão internacional. Para os presentes, a noite de 16 de novembro foi uma prova de que a arte, nas suas formas mais sublimes, é um dos maiores patrimónios da humanidade.
Foto: Orfeão de Águeda (Redes Sociais)