Quinta-feira, Janeiro 16, 2025

Resgatar as Festas Religiosas e Populares em Valongo do Vouga

Hoje quero partilhar convosco a minha opinião sobre um tema que considero ter-se perdido ao longo dos anos na nossa vila, Valongo do Vouga: as festas religiosas e populares.

Esses eventos, que outrora eram o coração pulsante da nossa comunidade, parecem ter sido esquecidos, deixando um vazio na nossa cultura e identidade coletiva.

A nossa freguesia, rica em história e tradições, é composta por 24 lugares. Desses, 14 contam com capelas, além da igreja matriz, que é o centro da vida religiosa local.

No passado, era comum que praticamente todos os lugares com capelas realizassem anualmente um fim de semana de festa. Mesmo em locais onde não havia capelas, organizavam-se festas populares, muitas vezes sem vínculo religioso, mas com grande participação da comunidade.

Essas celebrações eram mais do que meros eventos sociais; eram momentos de união e celebração. As famílias reuniam-se para o tradicional almoço da festa, um momento sagrado que fortalecia os laços familiares. Muitos emigrantes programavam as suas vindas a Portugal nessas alturas, ansiosos por participar e reencontrar amigos e familiares.

Os lugares engalanavam-se com decorações cuidadosas, e as gentes mostravam, com orgulho, o que tinham de melhor. Era um tempo de alegria, comunhão e identidade.

Com o passar dos anos, esse espírito foi desaparecendo. No ano passado, em 24 lugares — corrijam-me se estiver errado —, apenas dois realizaram festas: Valongo e Brunhido.

Em Moutedo houve missa e procissão, mas sem a festividade de outrora. E o restante? O silêncio e o esquecimento tomaram conta.

Na minha opinião, é essencial resgatar essas tradições e, para isso, é necessário implementar medidas práticas. Seguem algumas sugestões:

  1. Cada lugar com capela deveria realizar pelo menos uma missa anual, acompanhada, se possível, de uma procissão. Essa celebração pode ser simples, mas deve ser bem organizada para envolver a comunidade local.
  2. Quando os moradores de um lugar não conseguirem organizar a festa, o Conselho Paroquial, em parceria com o Pároco, poderia intervir, garantindo que as tradições sejam mantidas. Isso poderia incluir a designação de equipas rotativas de apoio.
  3. Nos dias de missa nas capelas, sugiro que não haja missa na igreja matriz. Isso incentivaria os fiéis a participarem nas celebrações dos lugares, trazendo maior movimento e valorização para as capelas, que, em muitos casos, ficam fechadas durante o ano.
  4. Organizar um pequeno grupo de voluntários em cada lugar para cuidar da decoração da capela, preparar a logística do evento e divulgar as celebrações. Esse grupo poderia envolver jovens, adultos e idosos, garantindo uma maior integração entre gerações.
  5. Divulgar as datas das festas com antecedência para que os emigrantes possam programar as suas visitas. Esses momentos são uma oportunidade única de fortalecer os laços com quem vive fora e revitalizar as tradições.
  6. Além da missa e da procissão, poderiam ser organizados pequenos eventos complementares, como quermesses, jogos tradicionais, música ao vivo ou feiras de produtos locais. Isso ajudaria a atrair mais pessoas, incluindo aqueles que não costumam participar de atividades religiosas.
  7. Estudar formas de financiar essas celebrações, como arrecadação de donativos, parcerias com a autarquia local ou a criação de um fundo paroquial específico para este fim.
  8. Transparência na gestão dos recursos seria fundamental para ganhar a confiança da comunidade.
  9. Criar uma estratégia de comunicação simples e eficiente, como um calendário anual das celebrações, divulgado nas redes sociais, no site da freguesia ou em boletins informativos distribuídos pela comunidade.

Resgatar as tradições reforça a ligação emocional e cultural das pessoas com a sua terra.

  • As festas promovem o encontro entre vizinhos, amigos e familiares, gerando um ambiente de união e partilha.
  • As capelas, muitas vezes fechadas, voltariam a desempenhar um papel ativo na vida da comunidade.
  • Esses eventos poderiam atrair pessoas de fora, promovendo o turismo local e estimulando a economia.

Precisamos refletir sobre o que queremos para a nossa terra.

Será que queremos uma Valongo do Vouga onde as tradições sejam apenas memórias distantes, ou uma freguesia viva, onde o passado e o presente se unem para criar um futuro vibrante?

Resgatar as festas religiosas e populares é mais do que um ato de nostalgia; é um gesto de respeito pelas nossas raízes e uma forma de inspirar as próximas gerações a valorizar o que temos de único.

Com esforço e colaboração, acredito que podemos tornar Valongo do Vouga uma referência, uma terra onde a fé, a tradição e a alegria caminham de mãos dadas. Vamos agir!

E mais não digo…

Fotos: Redes Socias

Resgatar as Festas Religiosas e Populares em Valongo do Vouga

Hoje quero partilhar convosco a minha opinião sobre um tema que considero ter-se perdido ao longo dos anos na nossa vila, Valongo do Vouga: as festas religiosas e populares.

Esses eventos, que outrora eram o coração pulsante da nossa comunidade, parecem ter sido esquecidos, deixando um vazio na nossa cultura e identidade coletiva.

A nossa freguesia, rica em história e tradições, é composta por 24 lugares. Desses, 14 contam com capelas, além da igreja matriz, que é o centro da vida religiosa local.

No passado, era comum que praticamente todos os lugares com capelas realizassem anualmente um fim de semana de festa. Mesmo em locais onde não havia capelas, organizavam-se festas populares, muitas vezes sem vínculo religioso, mas com grande participação da comunidade.

Essas celebrações eram mais do que meros eventos sociais; eram momentos de união e celebração. As famílias reuniam-se para o tradicional almoço da festa, um momento sagrado que fortalecia os laços familiares. Muitos emigrantes programavam as suas vindas a Portugal nessas alturas, ansiosos por participar e reencontrar amigos e familiares.

Os lugares engalanavam-se com decorações cuidadosas, e as gentes mostravam, com orgulho, o que tinham de melhor. Era um tempo de alegria, comunhão e identidade.

Com o passar dos anos, esse espírito foi desaparecendo. No ano passado, em 24 lugares — corrijam-me se estiver errado —, apenas dois realizaram festas: Valongo e Brunhido.

Em Moutedo houve missa e procissão, mas sem a festividade de outrora. E o restante? O silêncio e o esquecimento tomaram conta.

Na minha opinião, é essencial resgatar essas tradições e, para isso, é necessário implementar medidas práticas. Seguem algumas sugestões:

  1. Cada lugar com capela deveria realizar pelo menos uma missa anual, acompanhada, se possível, de uma procissão. Essa celebração pode ser simples, mas deve ser bem organizada para envolver a comunidade local.
  2. Quando os moradores de um lugar não conseguirem organizar a festa, o Conselho Paroquial, em parceria com o Pároco, poderia intervir, garantindo que as tradições sejam mantidas. Isso poderia incluir a designação de equipas rotativas de apoio.
  3. Nos dias de missa nas capelas, sugiro que não haja missa na igreja matriz. Isso incentivaria os fiéis a participarem nas celebrações dos lugares, trazendo maior movimento e valorização para as capelas, que, em muitos casos, ficam fechadas durante o ano.
  4. Organizar um pequeno grupo de voluntários em cada lugar para cuidar da decoração da capela, preparar a logística do evento e divulgar as celebrações. Esse grupo poderia envolver jovens, adultos e idosos, garantindo uma maior integração entre gerações.
  5. Divulgar as datas das festas com antecedência para que os emigrantes possam programar as suas visitas. Esses momentos são uma oportunidade única de fortalecer os laços com quem vive fora e revitalizar as tradições.
  6. Além da missa e da procissão, poderiam ser organizados pequenos eventos complementares, como quermesses, jogos tradicionais, música ao vivo ou feiras de produtos locais. Isso ajudaria a atrair mais pessoas, incluindo aqueles que não costumam participar de atividades religiosas.
  7. Estudar formas de financiar essas celebrações, como arrecadação de donativos, parcerias com a autarquia local ou a criação de um fundo paroquial específico para este fim.
  8. Transparência na gestão dos recursos seria fundamental para ganhar a confiança da comunidade.
  9. Criar uma estratégia de comunicação simples e eficiente, como um calendário anual das celebrações, divulgado nas redes sociais, no site da freguesia ou em boletins informativos distribuídos pela comunidade.

Resgatar as tradições reforça a ligação emocional e cultural das pessoas com a sua terra.

  • As festas promovem o encontro entre vizinhos, amigos e familiares, gerando um ambiente de união e partilha.
  • As capelas, muitas vezes fechadas, voltariam a desempenhar um papel ativo na vida da comunidade.
  • Esses eventos poderiam atrair pessoas de fora, promovendo o turismo local e estimulando a economia.

Precisamos refletir sobre o que queremos para a nossa terra.

Será que queremos uma Valongo do Vouga onde as tradições sejam apenas memórias distantes, ou uma freguesia viva, onde o passado e o presente se unem para criar um futuro vibrante?

Resgatar as festas religiosas e populares é mais do que um ato de nostalgia; é um gesto de respeito pelas nossas raízes e uma forma de inspirar as próximas gerações a valorizar o que temos de único.

Com esforço e colaboração, acredito que podemos tornar Valongo do Vouga uma referência, uma terra onde a fé, a tradição e a alegria caminham de mãos dadas. Vamos agir!

E mais não digo…

Fotos: Redes Socias

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