O Recreio Desportivo de Águeda vive um dos momentos mais críticos da sua história. A nova direção, que tomou posse há menos de duas semanas, encontrou uma situação financeira extremamente grave: contas bancárias praticamente a zero, incumprimentos bancários ainda registados e compromissos assumidos sem cobertura. A realidade descoberta após as eleições levou a direção e o conselho fiscal a apresentarem a demissão.
Segundo apurou o Notícias de Águeda, o clube necessita de mais de 200 mil euros até ao final de junho para continuar a existir. Sem esse apoio, estará em causa não apenas a competição sénior, mas também o funcionamento básico da instituição.
Face à dimensão da crise, foi convocada uma Assembleia Geral Extraordinária para o próximo dia 23 de maio, às 21h00, no Auditório da Caixa de Crédito Agrícola de Águeda. A convocatória, assinada por Maria Paula Cardoso, presidente da Assembleia Geral, define dois pontos na ordem de trabalhos: a análise da situação atual do clube e a marcação de eleições para os órgãos sociais.
Hugo Coutinho, presidente demissionário, afirma que a nova direção encontrou o clube nesta situação sem saber de quem é a responsabilidade. Apesar do cenário preocupante, assegura que a formação continuará a ser uma prioridade: “A formação não pode, nem sairá beliscada”, garante, sublinhando que os sócios devem conhecer toda a verdade.
Apelo à mobilização dos sócios: o futuro decide-se agora
O Recreio Desportivo de Águeda está num ponto de rutura. A próxima assembleia não será apenas mais uma reunião — será um momento decisivo para o futuro do clube. A participação dos sócios é vital: está em causa a sobrevivência de uma instituição centenária que é património desportivo e social de Águeda.
A salvação do clube começa com a presença de todos. No dia 23, a voz de cada sócio pode ser o primeiro passo para reconstruir o Recreio.
