Um homem e uma mulher, ambos feridos no incêndio que devastou Albergaria-a-Velha, faleceram hoje devido às graves queimaduras sofridas. Segundo Delfim Bismark, vice-presidente da Câmara Municipal, a mulher, de 81 anos, residente em Frossos, estava internada no Hospital de Coimbra, onde faleceu de madrugada. O homem, morador de Vila Nova de Fusos, também não resistiu aos ferimentos. Este incêndio, que deflagrou no dia 16, já havia deixado duas vítimas fatais e desalojado 40 famílias, causando ainda grandes prejuízos em seis empresas da região.

A tragédia, que afetou também outras regiões do Norte e Centro do país, elevou para nove o número de mortos associados aos incêndios rurais que ocorreram desde o dia 15 de setembro. Entre as vítimas contabilizadas, estão incluídos dois civis que morreram devido a doença súbita durante as operações de combate às chamas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) relatou ainda que, além dos óbitos, há registo de 120 feridos até ao momento. A área ardida entre os dias 15 e 20 de setembro ultrapassa os 135 mil hectares, tornando este um dos anos mais devastadores da última década, com um total de quase 147 mil hectares de floresta destruída em 2024, segundo o sistema europeu Copernicus.

Além dos danos humanos, as chamas consumiram dezenas de casas e infraestruturas, deixando um rastro de destruição em diversos municípios, incluindo Sever do Vouga, Porto, Braga, Vila Real, Viseu e Coimbra. O incêndio de Albergaria-a-Velha, agora em fase de resolução, foi um dos mais devastadores, exigindo uma resposta massiva de bombeiros e autoridades locais.

Apesar de o fogo estar controlado, a situação permanece crítica, com as autarquias locais a continuarem os esforços para apoiar as famílias afetadas e reabilitar as áreas destruídas.