A situação no concelho de Águeda agravou-se nas últimas horas, com o incêndio a aproximar-se rapidamente de Cabeço de Cão, levando à implementação de um vasto reforço de meios de combate. O fogo, que já afeta várias áreas do concelho, especialmente Serra de Cima, forçou as autoridades a mobilizarem uma operação de grande escala para proteger as populações e as infraestruturas locais.
Os bombeiros de várias corporações de norte a sul do país foram destacados para o local, incluindo equipas de Óbidos, Leiria, Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, que se juntaram às corporações locais de Águeda e às Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC). A GNR também está no terreno a coordenar as operações de segurança, enquanto os meios aéreos foram acionados para auxiliar no combate, dada a complexidade do terreno e o rápido avanço das chamas.
Segundo as autoridades, a prioridade neste momento é aproveitar a breve acalmia do vento para tentar controlar as frentes ativas e evitar que o incêndio ganhe ainda mais força. A chegada das chamas a Cabeço de Cão representa um risco significativo para as habitações e para a vasta área florestal que circunda a localidade, o que levou à deslocação urgente de mais recursos.
A estratégia de combate ao incêndio envolve a concentração de esforços em dois pontos críticos: Serra de Cima, onde as frentes já estavam ativas, e Cabeço de Cão, que se encontra agora sob ameaça iminente. O uso de meios aéreos será determinante para conter o fogo nas zonas de difícil acesso, enquanto no terreno as brigadas de bombeiros estão a ser apoiadas por máquinas de rasto, que vão ajudar a abrir caminhos e a criar zonas de contenção. As unidades locais e os reforços externos estão a trabalhar em perfeita sintonia para maximizar o impacto das operações de combate.
As estradas municipais da região foram cortadas como medida de segurança, o que não só facilita o movimento rápido dos veículos de emergência como também protege as populações de qualquer eventual perigo. As autoridades apelam à calma e à cooperação da população, garantindo que todos os esforços estão a ser feitos para controlar a situação.
Preocupação com as Zonas de Difícil Acesso
A topografia da região, caracterizada por zonas de difícil acesso, como é o caso da Barrosa, Vale do Lobo e Cambra, continua a ser um dos maiores desafios para os operacionais no terreno. Estes locais, cobertos por matas densas e de grande valor ambiental, são de extrema preocupação para as equipas, que temem que o fogo se propague rapidamente, colocando em risco não só as populações, mas também o ecossistema local.
Com a chegada de mais recursos ao local, as equipas esperam controlar as frentes antes que as condições meteorológicas voltem a piorar, pois qualquer aumento na intensidade do vento pode comprometer o sucesso das operações.
A situação continua a ser monitorizada de perto, com a expectativa de que, nas próximas horas, o incêndio possa finalmente ser controlado, evitando assim mais destruição e garantindo a segurança de todos os envolvidos.