Os incêndios florestais que assolaram São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, em setembro de 2024, provocaram danos avaliados em 2,8 milhões de euros no setor agrícola, conforme anunciou hoje o presidente da Câmara Municipal, Vítor Figueiredo. A destruição afetou, sobretudo, armazéns, palheiros, máquinas e outros equipamentos, além de diversos tipos de culturas.
O autarca também revelou que as infraestruturas municipais sofreram danos significativos, com prejuízos estimados em 900 mil euros. “Estamos a falar de rede viária, sinalização, equipamentos turísticos, edifícios municipais e redes de abastecimento de água”, explicou, acrescentando que vários canos de água foram destruídos.
Além disso, os incêndios danificaram duas habitações de primeira residência e seis de segunda habitação ou devolutas, localizadas nas aldeias de Aldeia, Rompecilha e Covas do Rio, resultando num prejuízo de cerca de 800 mil euros.
O incêndio, que começou a 16 de setembro no concelho vizinho de Castro Daire, alastrou-se no dia seguinte a São Pedro do Sul, consumindo cerca de 13 mil hectares. As freguesias mais atingidas foram Sul, São Martinho das Moitas, Covas do Rio, Figueiredo de Alva, Pindelo dos Milagres, Pinho e Vila Maior.
Em resposta imediata, o município prestou apoio aos agricultores afetados, fornecendo rações e pastos, além de oferecer apoio psicológico às populações das aldeias. Também foram realizadas limpezas nas estradas bloqueadas por árvores caídas.
Os incêndios, que devastaram o Norte e Centro de Portugal, resultaram em 135 mil hectares de área ardida e deixaram um trágico saldo de nove vítimas mortais e 175 feridos.