Domingo, Setembro 8, 2024

Médicos Iniciam Greve Geral de Dois Dias em Protesto Contra Intransigência do Ministério da Saúde

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) inicia hoje uma greve geral de dois dias, acompanhada de uma paralisação ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários até ao final de agosto. Este movimento surge como resposta à “intransigência e inflexibilidade” do Ministério da Saúde, segundo afirmou Joana Bordalo e Sá, presidente da Fnam.

Joana Bordalo e Sá expressou que a decisão de avançar com a greve foi tomada em defesa tanto dos doentes como da profissão médica. “A Fnam não teve outra alternativa. Isto é uma luta na defesa dos doentes e também da nossa profissão, face à intransigência e inflexibilidade por parte do Ministério da Saúde”, declarou a dirigente sindical.

A presidente da Fnam criticou o Ministério da Saúde por não ter abordado a “questão das grelhas salariais” de forma adequada. Segundo Bordalo e Sá, o Ministério remeteu a revisão das grelhas salariais para 2025, enquanto os médicos consideram que essa questão deve ser discutida imediatamente e resolvida até ao final de setembro, para ser incluída no Orçamento do Estado.

Entre as principais reivindicações da Fnam estão a reposição do período normal de trabalho semanal de 35 horas, a atualização da grelha salarial, a integração dos médicos internos na carreira médica e a reposição dos 25 dias úteis de férias por ano, além de cinco dias suplementares se gozadas fora da época alta.

“Ao contrário do que a ministra Ana Paula Martins afirma, não é apenas uma questão salarial. A reposição das 35 horas semanais é crucial, pois somos os únicos médicos que trabalham 40 horas mais todo o trabalho extraordinário a que somos obrigados”, sublinhou Bordalo e Sá.

A sindicalista lamentou ainda que não tenha sido aceite a reintegração dos médicos internos na carreira médica, salientando que esta medida não teria qualquer impacto orçamental significativo, já que os internos representam um terço da força de trabalho do Serviço Nacional de Saúde.

Na véspera da greve, a Fnam acusou o Ministério da Saúde, em comunicado, de incentivar os médicos a fazerem mais horas além do seu horário, promovendo a exaustão e aumentando o risco médico-legal. A Fnam criticou ainda o Decreto-Lei 45-A/2024, que estabelece um sistema de recompensa do desempenho dos médicos, afirmando que este diploma não compensa o trabalho suplementar e permite o alargamento do período normal de trabalho semanal de forma ilimitada.

Para marcar o início da greve, a Fnam organizou concentrações no Porto, junto ao Hospital São João, em Coimbra, no Hospital Geral dos Covões, e em Lisboa, em frente ao Hospital de Santa Maria.

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Médicos Iniciam Greve Geral de Dois Dias em Protesto Contra Intransigência do Ministério da Saúde

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) inicia hoje uma greve geral de dois dias, acompanhada de uma paralisação ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários até ao final de agosto. Este movimento surge como resposta à “intransigência e inflexibilidade” do Ministério da Saúde, segundo afirmou Joana Bordalo e Sá, presidente da Fnam.

Joana Bordalo e Sá expressou que a decisão de avançar com a greve foi tomada em defesa tanto dos doentes como da profissão médica. “A Fnam não teve outra alternativa. Isto é uma luta na defesa dos doentes e também da nossa profissão, face à intransigência e inflexibilidade por parte do Ministério da Saúde”, declarou a dirigente sindical.

A presidente da Fnam criticou o Ministério da Saúde por não ter abordado a “questão das grelhas salariais” de forma adequada. Segundo Bordalo e Sá, o Ministério remeteu a revisão das grelhas salariais para 2025, enquanto os médicos consideram que essa questão deve ser discutida imediatamente e resolvida até ao final de setembro, para ser incluída no Orçamento do Estado.

Entre as principais reivindicações da Fnam estão a reposição do período normal de trabalho semanal de 35 horas, a atualização da grelha salarial, a integração dos médicos internos na carreira médica e a reposição dos 25 dias úteis de férias por ano, além de cinco dias suplementares se gozadas fora da época alta.

“Ao contrário do que a ministra Ana Paula Martins afirma, não é apenas uma questão salarial. A reposição das 35 horas semanais é crucial, pois somos os únicos médicos que trabalham 40 horas mais todo o trabalho extraordinário a que somos obrigados”, sublinhou Bordalo e Sá.

A sindicalista lamentou ainda que não tenha sido aceite a reintegração dos médicos internos na carreira médica, salientando que esta medida não teria qualquer impacto orçamental significativo, já que os internos representam um terço da força de trabalho do Serviço Nacional de Saúde.

Na véspera da greve, a Fnam acusou o Ministério da Saúde, em comunicado, de incentivar os médicos a fazerem mais horas além do seu horário, promovendo a exaustão e aumentando o risco médico-legal. A Fnam criticou ainda o Decreto-Lei 45-A/2024, que estabelece um sistema de recompensa do desempenho dos médicos, afirmando que este diploma não compensa o trabalho suplementar e permite o alargamento do período normal de trabalho semanal de forma ilimitada.

Para marcar o início da greve, a Fnam organizou concentrações no Porto, junto ao Hospital São João, em Coimbra, no Hospital Geral dos Covões, e em Lisboa, em frente ao Hospital de Santa Maria.

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