Terça-feira, Novembro 26, 2024

O desassoreamento da Pateira é “absolutamente essencial e inadiável”

Ministra do Ambiente e Energia visita obra em curso de renaturalização das margens da Pateira e definiu como prioritário o investimento no desassoreamento da lagoa

O desassoreamento da Pateira de Fermentelos é um desafio “prioritário” para o Governo. Esta foi a mensagem deixada, ontem, pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, durante uma visita a um conjunto alargado de projetos de reabilitação fluvial na região, nomeadamente a Pateira.

A governante adiantou que este projeto é “necessário” e deverá ser contemplado no âmbito do Programa Operacional temático de Ação Climática e Sustentabilidade 2030 ou pelo Fundo Ambiental, que é tutelado pelo ministério que dirige. “Teremos de encontrar uma solução”, disse, acrescentando que o governo está também a discutir a melhor maneira de resolver o problema dos jacintos-de-água, nomeadamente através do apoio à aquisição de uma nova ceifeira e outras medidas de combate a esta espécie invasora e infestante.

Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, salientou a importância do desassoreamento da Pateira, uma obra “absolutamente essencial e inadiável”, insistindo que “temos de avançar rapidamente”. Isto porque “o espelho de água, em algumas circunstâncias e zonas é demasiado baixo e precisamos retirar os sedimentos todos para que a Pateira possa voltar a ser esta joia ambiental que temos o privilégio de ter no nosso concelho”, declarou.

A par da limpeza do leito da lagoa, com o desassoreamento, urge continuar o combate aos jacintos-de-água que o Município de Águeda tem desenvolvido sozinho ao longo dos últimos anos. “A Câmara de Águeda é a única entidade que trabalha na remoção dos jacintos”, reiterou, salientando que a ceifeira que é utilizada para retirar esta vegetação aquática já tem 18 anos, sendo utilizada na Pateira de Fermentelos e cedida a outros Municípios para trabalhos semelhantes em outros rios, com a Autarquia a ter uma grande dificuldade em arranjar peças suplentes para fazer a manutenção deste equipamento.

“Estamos a tratar do processo e sobretudo do financiamento para que possamos adquirir um equipamento mais moderno e com maior capacidade”, apontou, esperando que o apoio governamental para esta aquisição seja confirmado.

A ministra do Ambiente esteve ontem em Águeda, na sequência de uma visita a várias intervenções – em Braga, Porto, Maia, Águeda, Aveiro, Oliveira do Bairro e Tomar -, no âmbito da reabilitação de rios e ribeiras no valor de 5,3 milhões de euros, um investimento coordenado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), financiado pelo Fundo Ambiental e por fundos europeus.

O objetivo da intervenção nesses dez rios e ribeiras é, segundo o Governo, “recuperar as suas características originais, após longos anos em que sofreram profundas alterações”.

Em Fermentelos está em curso o EcoPateira, um projeto de renaturalização das margens da Pateira, com recurso a técnicas de engenharia natural, a partir do Largo do Emigrante, Alameda Comissário Belarmino Ferreira, Largo da Minhoteira e zona do Bico.

“Esta é uma intervenção notável e é o caminho a seguir neste tipo de obras”, disse a propósito Jorge Almeida, frisando que a obra está a ser feita no seguimento da aquisição dos terrenos, fruto de um trabalho de proximidade desenvolvido com os proprietários, porque “não havia terrenos públicos nesta zona que confinassem com a Pateira e que permitissem criar e desenvolver projetos desta natureza”.

A obra, no valor de 148 210 euros (acrescidos de IVA) é apoiada pelo Município de Águeda, no valor de 74 994,40 euros, sendo o restante suportado pela ADICES (estrutura intermunicipal da qual a Autarquia de Águeda faz parte). Prevê a criação de dois parques de lazer; a criação de zonas de apoio a embarcações; tratamento e reperfilamento da margem com técnicas naturais; plantação de novas árvores; criação de cinco pesqueiros dentro de água; colocação de torre de observação na zona do Bico; instalação de equipamentos geriátricos, de manutenção física, e infantil; criação de zona pedonal entre o Largo do Emigrante e o Largo da Minhoteira.

A comitiva que ontem visitou a obra em curso na Pateira contou também com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, e do vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, entre outros.

Carlos Lemos, presidente da Junta de Freguesia de Fermentelos, destacou a importância deste projeto para a comunidade local. “Até este momento, somos a única freguesia ribeirinha que não dispunha de um parque público”, disse, acrescentando que a JF lançou-se a este projeto “com o apoio fundamental da Câmara Municipal” e que está, agora, numa fase inicial, com a criação de um parque de lazer e um pequeno lago, onde são exibidas todas as técnicas naturais que vão ser aplicadas ao longo da margem.

Pedro Teiga, especialista em reabilitação de rios e ribeiras e responsável pelo projeto, explicou que a intervenção em curso “passa por três componentes: aproximar as pessoas da Pateira, com mais espaço de usufruto; contribuir para a valorização dos ecossistemas naturais; e espaço para o fluxo hidrológico de subida das águas”.

- pub -

O desassoreamento da Pateira é “absolutamente essencial e inadiável”

Ministra do Ambiente e Energia visita obra em curso de renaturalização das margens da Pateira e definiu como prioritário o investimento no desassoreamento da lagoa

O desassoreamento da Pateira de Fermentelos é um desafio “prioritário” para o Governo. Esta foi a mensagem deixada, ontem, pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, durante uma visita a um conjunto alargado de projetos de reabilitação fluvial na região, nomeadamente a Pateira.

A governante adiantou que este projeto é “necessário” e deverá ser contemplado no âmbito do Programa Operacional temático de Ação Climática e Sustentabilidade 2030 ou pelo Fundo Ambiental, que é tutelado pelo ministério que dirige. “Teremos de encontrar uma solução”, disse, acrescentando que o governo está também a discutir a melhor maneira de resolver o problema dos jacintos-de-água, nomeadamente através do apoio à aquisição de uma nova ceifeira e outras medidas de combate a esta espécie invasora e infestante.

Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, salientou a importância do desassoreamento da Pateira, uma obra “absolutamente essencial e inadiável”, insistindo que “temos de avançar rapidamente”. Isto porque “o espelho de água, em algumas circunstâncias e zonas é demasiado baixo e precisamos retirar os sedimentos todos para que a Pateira possa voltar a ser esta joia ambiental que temos o privilégio de ter no nosso concelho”, declarou.

A par da limpeza do leito da lagoa, com o desassoreamento, urge continuar o combate aos jacintos-de-água que o Município de Águeda tem desenvolvido sozinho ao longo dos últimos anos. “A Câmara de Águeda é a única entidade que trabalha na remoção dos jacintos”, reiterou, salientando que a ceifeira que é utilizada para retirar esta vegetação aquática já tem 18 anos, sendo utilizada na Pateira de Fermentelos e cedida a outros Municípios para trabalhos semelhantes em outros rios, com a Autarquia a ter uma grande dificuldade em arranjar peças suplentes para fazer a manutenção deste equipamento.

“Estamos a tratar do processo e sobretudo do financiamento para que possamos adquirir um equipamento mais moderno e com maior capacidade”, apontou, esperando que o apoio governamental para esta aquisição seja confirmado.

A ministra do Ambiente esteve ontem em Águeda, na sequência de uma visita a várias intervenções – em Braga, Porto, Maia, Águeda, Aveiro, Oliveira do Bairro e Tomar -, no âmbito da reabilitação de rios e ribeiras no valor de 5,3 milhões de euros, um investimento coordenado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), financiado pelo Fundo Ambiental e por fundos europeus.

O objetivo da intervenção nesses dez rios e ribeiras é, segundo o Governo, “recuperar as suas características originais, após longos anos em que sofreram profundas alterações”.

Em Fermentelos está em curso o EcoPateira, um projeto de renaturalização das margens da Pateira, com recurso a técnicas de engenharia natural, a partir do Largo do Emigrante, Alameda Comissário Belarmino Ferreira, Largo da Minhoteira e zona do Bico.

“Esta é uma intervenção notável e é o caminho a seguir neste tipo de obras”, disse a propósito Jorge Almeida, frisando que a obra está a ser feita no seguimento da aquisição dos terrenos, fruto de um trabalho de proximidade desenvolvido com os proprietários, porque “não havia terrenos públicos nesta zona que confinassem com a Pateira e que permitissem criar e desenvolver projetos desta natureza”.

A obra, no valor de 148 210 euros (acrescidos de IVA) é apoiada pelo Município de Águeda, no valor de 74 994,40 euros, sendo o restante suportado pela ADICES (estrutura intermunicipal da qual a Autarquia de Águeda faz parte). Prevê a criação de dois parques de lazer; a criação de zonas de apoio a embarcações; tratamento e reperfilamento da margem com técnicas naturais; plantação de novas árvores; criação de cinco pesqueiros dentro de água; colocação de torre de observação na zona do Bico; instalação de equipamentos geriátricos, de manutenção física, e infantil; criação de zona pedonal entre o Largo do Emigrante e o Largo da Minhoteira.

A comitiva que ontem visitou a obra em curso na Pateira contou também com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, e do vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, entre outros.

Carlos Lemos, presidente da Junta de Freguesia de Fermentelos, destacou a importância deste projeto para a comunidade local. “Até este momento, somos a única freguesia ribeirinha que não dispunha de um parque público”, disse, acrescentando que a JF lançou-se a este projeto “com o apoio fundamental da Câmara Municipal” e que está, agora, numa fase inicial, com a criação de um parque de lazer e um pequeno lago, onde são exibidas todas as técnicas naturais que vão ser aplicadas ao longo da margem.

Pedro Teiga, especialista em reabilitação de rios e ribeiras e responsável pelo projeto, explicou que a intervenção em curso “passa por três componentes: aproximar as pessoas da Pateira, com mais espaço de usufruto; contribuir para a valorização dos ecossistemas naturais; e espaço para o fluxo hidrológico de subida das águas”.

MAIS PARA SI