Portugal encontra-se sob forte ameaça de incêndios florestais, com mais de 40 concelhos em perigo máximo, particularmente nos distritos de Santarém, Faro, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu e Bragança. As temperaturas elevadas agravam o risco, com Évora a atingir os 38ºC, seguida de Beja, Faro e Castelo Branco com 37ºC. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu avisos amarelos para vários distritos devido ao calor intenso, prevendo-se que estas condições extremas se mantenham até ao final da semana.

Além do continente, o arquipélago da Madeira também enfrenta um cenário de risco elevado a máximo de incêndio, consoante as diferentes regiões. O IPMA classificou o risco de incêndio em cinco níveis, que variam entre o reduzido e o máximo, sendo determinados com base em parâmetros como a temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e precipitação nas últimas 24 horas.

As condições meteorológicas previstas para o continente indicam céu pouco nublado ou limpo, com algumas zonas costeiras a registarem neblina matinal e vento por vezes forte nas terras altas e ao longo da faixa costeira ocidental. As temperaturas mínimas variam entre os 15ºC em Braga e Viana do Castelo e os 24ºC em Faro, enquanto as máximas se situam entre os 24ºC em Aveiro e os 38ºC em Évora.

Na Madeira, o cenário é de céu muito nublado, com possibilidade de chuva fraca até ao início da manhã nas vertentes norte e nas áreas montanhosas. O vento será moderado a forte, especialmente nas regiões leste e oeste da ilha, com rajadas até 70 km/h. As temperaturas no Funchal variam entre os 23ºC e os 29ºC, enquanto em Porto Santo os valores oscilam entre os 22ºC e os 27ºC.

O IPMA emitiu avisos de calor para diversos distritos, incluindo Bragança, Évora, Guarda, Faro, Setúbal, Beja, Castelo Branco e Portalegre, em vigor até às 18:00 de quarta-feira. A Madeira está sob aviso laranja até às 18:00 de hoje, passando para aviso amarelo até terça-feira devido ao calor intenso.

As autoridades apelam à população para adotar comportamentos preventivos e evitar atividades que possam desencadear incêndios, dada a gravidade das condições meteorológicas. Especial atenção deve ser dada às regiões identificadas com perigo máximo e muito elevado de incêndio, onde qualquer faísca pode resultar em cenários devastadores.

A combinação de temperaturas escaldantes, ventos fortes e baixa humidade coloca o país numa situação crítica, exigindo uma vigilância redobrada e colaboração de todos para evitar que os incêndios florestais voltem a devastar vastas áreas do território.