Quarta-feira, Abril 24, 2024

Funcionários judiciais pedem em Leiria para que não sejam os “eternos adiados”

Funcionários judiciais concentraram-se hoje junto ao Palácio da Justiça de Leiria em protesto contra a “falta de respeito” dos sucessivos governos e pediram para que não sejam os “eternos adiados”.

“Mais uma vez pedimos que não sejamos nós os eternos adiados”, disse à agência Lusa uma funcionária do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, sustentando que a Justiça “está mal, por falta de investimento, nos edifícios, nos recursos humanos, nos equipamentos informáticos, nas condições de trabalho”.

No protesto, em dia de greve nacional convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) face à ausência de calendário negocial para responder às reivindicações do setor, o coordenador da Comarca de Leiria deste sindicato salientou que “todas as outras carreiras da Justiça já viram as situações, de alguma forma, resolvidas ou em resolução, tirando os oficiais de justiça”.

“Há situações que se agravam desde 2001 e que já foram, muitas vezes, em todos os governos do PS e PSD, relatadas, não é desconhecimento para ninguém”, frisou Sérgio Silva.

Este responsável referiu que, desde que o atual Governo tomou posse, já foram anunciados “avanços nas negociações para outras carreiras da administração pública, mas para os funcionários judiciais nem um calendário negocial”.

“Não estamos à espera de que venham já com tudo, mas, pelo menos, um sinal de boa vontade”, defendeu, considerando que esse sinal poderia ser a “integração do suplemento no vencimento”, uma exigência dos funcionários judiciais que remonta a 2001.

Sérgio Silva declarou que “parece que mudou o Governo, mas as atitudes mantêm-se”, avisando que se o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a ministra da Justiça, Rita Júdice, “continuarem na mesma senda do Governo passado, a luta vai agravar-se”.

“As pessoas estão descontentes. Aliás, já estamos a chegar a uma situação de não retorno nos tribunais. Não tarda, teremos os senhores magistrados a levantarem-se da cadeira e irem chamar as testemunhas ao átrio, por não haver funcionário para o fazer”, alertou, adiantando que na Comarca de Leria está a chegar-se “a um défice de funcionários de 20%”.

Envergando camisolas com a inscrição “Justiça para quem nela trabalha!” e empunhando cravos vermelhos, cerca de 40 funcionários gritaram palavras de ordem como “Rita, escuta, oficiais de justiça estão em luta”.

No protesto, na véspera das comemorações dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974, o coordenador do SFJ destacou que “uma democracia sem uma Justiça forte sujeita-se a ruir”.

Um funcionário do Ministério Público frisou que a carreira “está a ser desconsiderada e desvalorizada pelos sucessivos governos”.

“Não temos o reconhecimento, temos tempo de serviço por recuperar, fazemos trabalho escravo, fazemos trabalho adicional sem ser pago, temos um estatuto obsoleto”, declarou este oficial de justiça, adiantando ter perdido, desde há 24 anos, “18 por cento do poder de compra”.

Segundo os dados do SFJ, na Comarca de Leiria a greve está a registar uma “adesão expressiva”, com vários serviços encerrados.

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Funcionários judiciais pedem em Leiria para que não sejam os “eternos adiados”

Funcionários judiciais concentraram-se hoje junto ao Palácio da Justiça de Leiria em protesto contra a “falta de respeito” dos sucessivos governos e pediram para que não sejam os “eternos adiados”.

“Mais uma vez pedimos que não sejamos nós os eternos adiados”, disse à agência Lusa uma funcionária do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, sustentando que a Justiça “está mal, por falta de investimento, nos edifícios, nos recursos humanos, nos equipamentos informáticos, nas condições de trabalho”.

No protesto, em dia de greve nacional convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) face à ausência de calendário negocial para responder às reivindicações do setor, o coordenador da Comarca de Leiria deste sindicato salientou que “todas as outras carreiras da Justiça já viram as situações, de alguma forma, resolvidas ou em resolução, tirando os oficiais de justiça”.

“Há situações que se agravam desde 2001 e que já foram, muitas vezes, em todos os governos do PS e PSD, relatadas, não é desconhecimento para ninguém”, frisou Sérgio Silva.

Este responsável referiu que, desde que o atual Governo tomou posse, já foram anunciados “avanços nas negociações para outras carreiras da administração pública, mas para os funcionários judiciais nem um calendário negocial”.

“Não estamos à espera de que venham já com tudo, mas, pelo menos, um sinal de boa vontade”, defendeu, considerando que esse sinal poderia ser a “integração do suplemento no vencimento”, uma exigência dos funcionários judiciais que remonta a 2001.

Sérgio Silva declarou que “parece que mudou o Governo, mas as atitudes mantêm-se”, avisando que se o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a ministra da Justiça, Rita Júdice, “continuarem na mesma senda do Governo passado, a luta vai agravar-se”.

“As pessoas estão descontentes. Aliás, já estamos a chegar a uma situação de não retorno nos tribunais. Não tarda, teremos os senhores magistrados a levantarem-se da cadeira e irem chamar as testemunhas ao átrio, por não haver funcionário para o fazer”, alertou, adiantando que na Comarca de Leria está a chegar-se “a um défice de funcionários de 20%”.

Envergando camisolas com a inscrição “Justiça para quem nela trabalha!” e empunhando cravos vermelhos, cerca de 40 funcionários gritaram palavras de ordem como “Rita, escuta, oficiais de justiça estão em luta”.

No protesto, na véspera das comemorações dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974, o coordenador do SFJ destacou que “uma democracia sem uma Justiça forte sujeita-se a ruir”.

Um funcionário do Ministério Público frisou que a carreira “está a ser desconsiderada e desvalorizada pelos sucessivos governos”.

“Não temos o reconhecimento, temos tempo de serviço por recuperar, fazemos trabalho escravo, fazemos trabalho adicional sem ser pago, temos um estatuto obsoleto”, declarou este oficial de justiça, adiantando ter perdido, desde há 24 anos, “18 por cento do poder de compra”.

Segundo os dados do SFJ, na Comarca de Leiria a greve está a registar uma “adesão expressiva”, com vários serviços encerrados.

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